Lira disse, ainda, que o trio de cotados faz parte do mesmo grupo político e que isso garante assegura a manutenção do perfil político da condução da Casa.
Por Redação – de Brasília
Presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) negou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha poder de veto sobre a sucessão da Casa, em 2025, e que há três “grandes nomes” na disputa. Segundo o parlamentar, a discussão sobre a escolha deve amadurecer em agosto – quando termina o recesso legislativo.
— A gente tem conversas no nível que temos hoje, compromissos que nós fizemos com o governo do presidente Lula foi de dar a ele garantia de segurança econômica, de não ter nenhuma mudança brusca no comportamento político ou de deixar de se posicionar nem deixar de ter uma clareza nos limites constitucionais entre a Câmara e o Poder Executivo. Todos os que concorrem sabem disso e que representarão um poder que hoje tem força — disse Lira ao canal norte-americano de TV CNN.
Lira disse, ainda, que o trio de cotados faz parte do mesmo grupo político e que isso garante assegura a manutenção do perfil político da condução da Casa. Por isso, optou por esperar que “cada um caminhe, faça as suas conversas, lute pelos seus objetivos”.
Discussões
Apesar de não mencionar o nomes dos possíveis candidatos à sua sucessão, permanecem em destaque na disputa pelo comando da Câmara os deputados Elmar Nascimento (União Brasil-BA), Marcos Pereira (Republicanos-SP) e Antonio Brito (PSD-BA).
O deputado alagoano também disse que as candidaturas precisam de tempo de articulação política dentro do Congresso, mas que eventualmente as discussões devem se afunilar no apoio a um deles.
— Já estive nessa posição, e é importante que todos tenham a oportunidade de conversar, de discutir. Em agosto, as coisas afunilarão, eu penso, para que tenhamos o apoio do centro, da direita, da esquerda — acrescentou Lira.
Reforço
Diante da possível eleição de um nome conservador para a direção tanto da Câmara quanto do Senado, o presidente Lula tem sido alertado sobre a necessidade de reforçar a base aliada para 2025. Na avaliação de aliados, segundo apurou a mídia conservadora, o cenário do ano que vem pode ser ainda mais difícil do que o deste ano, quando os partidos de oposição impuseram dificuldades ao governo petista.
Embora a legenda União Brasil (UB) tenha o controle sobre duas pastas na Esplanada dos Ministérios, tem sido um dos partidos menos fiéis ao Palácio do Planalto, no Congresso. Além disso, pelo apoio do PL de Jair Bolsonaro, tanto Davi como Elmar terão de ceder espaços para o partido de direita em posições de comando, o que pode emperrar pautas governistas.
Uma das alternativas cogitadas tanto por ministros quanto por parlamentares da base aliada seria o retorno de congressistas que atualmente ocupam cargos na Esplanada dos Ministérios. A avaliação é de que eles têm um poder de mobilização maior do que seus suplentes e uma fidelidade maior ao Palácio do Planalto, em pautas estratégicas.