Subiu também a aprovação do trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad: passou de 26% para 65%, enquanto a desaprovação caiu de 37% para 11%. Os que avaliam como regular caíram de 37% para 2%.
Por Redação - de São Paulo
Cresceu a avaliação positiva do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas últimas semanas, segundo constata a pesquisa Genial/Quaest realizada junto ao mercado financeiro e divulgada nesta quarta-feira. A avaliação negativa caiu de 86%, em maio, para 44%. E a positiva, que era de 2%, saltou para para 20%. A regular, de 12% para 36%.
Subiu também a aprovação do trabalho do ministro da Fazenda, Fernando Haddad: passou de 26% para 65%, enquanto a desaprovação caiu de 37% para 11%. Os que avaliam como regular caíram de 37% para 2%.
A pesquisa perguntou aos entrevistados se a política econômica está certa ou errada. Os que acham que está errada eram 90%. Agora, são 53%. Em compensação, os que avaliam como certa correspondiam a 10% e agora chegam a 47%.
Foi avaliada também a expectativa de melhora da economia brasileira nos próximos 12 meses. Os que confiam na melhora somavam 13% em maio e agora são 53%. E os que acham que vai piorar agora são 21%. Há dois meses, era 61%. Já os que acham que continuará como está são 26%.
Rumo certo
Chama atenção nos resultados da pesquisa a avaliação positiva de Haddad, que saltou de 26% para 65%. Para 47%, que a política econômica está no rumo certo. Para 53%, a economia vai melhorar nos próximos 12 meses; 51% dizem que a imagem do Brasil com investidores estrangeiros melhorou; e 54% esperam aumento de investimentos vindos de fora.
Para 32% dos entrevistados, a razão da melhora na avaliação estão na melhora no preço dos ativos decorrente de movimentos dos mercados internacionais. E 23% atribuem a Haddad, que saiu fortalecido no relacionamento com o Congresso. Já 20% creditam à atuação do Congresso, com o “arcabouço” fiscal e encaminhamento da reforma tributária.
No entanto, apenas 3% acreditam que a melhora foi devido às medidas do governo. E para 20%, seriam medidas do Banco Central. Dos entrevistados, 66% entendem que o governo Lula não está preocupado com a inflação. Já os que acreditam haver preocupaçao com os preços subiu de 20% para 34%.
Foi perguntado também sobre as altas taxas de juros determinadas pelo Banco Central. Para 87%, o BC fez bem em mantê-las nas alturas. E só 13% disseram que foi errada a decisão. A totalidade dos entrevistados acredita que a taxa será menor ainda neste ano.
Imagem positiva
Para 66% dos entrevistados, a reforma tributária vai aumentar o bem-estar da população; já 34% desacreditam nessa melhora. Para 77%, vai diminuirá a guerra fiscal entre Estados. Já 71% crêem que haverá impacto positivo na indústria. E 52% pensam que haverá aumento na oferta de emprego.
A imagem do Brasil entre investidores estrangeiros, desde que o governo assumiu, melhorou para 51%. Para 20%, piorou. E para 46%, melhorou a opinião pública mundial sobre o país. Pensam o contrário 34%. Entre os que enxergam aumento de investimentos estrangeiros, a percepção positiva subiu de 26% para 54%. A negativa caiu de 23% para 7%. Mas 39% acredita que ficará na mesma, contra 51% da pesquisa anterior.
A pesquisa ouviu 94 representantes de fundos de investimento com sede em São Paulo e no Rio. É a terceira da série, antecedida por levantamentos em março e maio.