Em depoimento à Polícia Federal (PF), há duas semanas, o parlamentar afirmou que Lira teria interferido para redirecionar R$ 320 milhões em emendas parlamentares para Alagoas.
Por Redação – de Brasília
Fora dos holofotes, o deputado Arthur Lira (PP-AL) permanece, no entanto, sob o escrutínio do Supremo Tribunal Federal (STF) na qualidade de suspeito por manipular emendas parlamentares em favor de aliados. Sob a relatoria do ministro Flávio Dino, apura as denúncias que pesam contra o ex-presidente da Câmara.

Uma delas partiu do deputado José Rocha (União-BA), que presidiu a Comissão de Integração Nacional. Em depoimento à Polícia Federal (PF), há duas semanas, o parlamentar afirmou que Lira teria interferido para redirecionar R$ 320 milhões em emendas parlamentares para Alagoas, seu Estado natal.
Suspeitas
Rocha denunciou ainda que, em 12 de dezembro, tentou cumprir a determinação de Dino para identificar os autores das emendas propostas pela comissão. No mesmo dia, porém, Lira emitiu um ato como presidente da Câmara suspendendo a reunião. O depoimento de Rocha reforça suspeitas de que Lira agiu pessoalmente para desviar recursos públicos, ao descumprir a ordem do STF.
— Formalizei (à PF) aquilo que já vinha dizendo publicamente: o Arthur Lira impediu que eu cumprisse uma determinação do ministro Flávio Dino, de apresentar os nomes dos autores de todas as emendas propostas pela comissão — afirmou.
Tucano
Ainda nesta quinta-feira, a PF deflagrou a ‘Operação Panaceia’, com o objetivo de aprofundar a investigação sobre desvios de recursos da Saúde no governo de Goiás. Segundo a mídia conservadora, Marconi Perillo, ex-governador do Estado e atual presidente do PSDB, é o principal alvo da operação.
Os agentes cumpriram 11 mandados de busca e apreensão, sendo dez em Goiânia e um em Brasília.