A medida de Lira evitará que o relator da CPI sofra uma derrota humilhante no Plenário da Casa, já que havia o risco de que os trabalhos da comissão fossem encerrados sem sequer um relatório final. Isso porque a leitura do relatório estava marcada para esta quinta-feira, último dia previsto de funcionamento da comissão.
Por Redação - de Brasília
Presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) precisou intervir numa situação que deixaria o colega também da ultradireita Ricardo Salles (PL-SP) em extrema dificuldade. Lira confirmou a prorrogação, por uma semana, da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Dessa forma, o fim dos trabalhos do grupo será no dia 21 de setembro. Salles espera conseguir, neste período, o número de votos mínimo para aprovar o relatório.
A medida de Lira evitará que o relator da CPI sofra uma derrota humilhante no Plenário da Casa, já que havia o risco de que os trabalhos da comissão fossem encerrados sem sequer um relatório final. Isso porque a leitura do relatório estava marcada para esta quinta-feira, último dia previsto de funcionamento da comissão.
Relatório
Havia a possibilidade de algum parlamentar pedir vistas do documento para apreciação. Caso isso acontecesse, a votação do relatório seria inviabilizada e a CPI terminaria sem um registro oficial sobre o trabalho, que durou 120 dias. Com o novo prazo estabelecido, a leitura do relatório deve ser marcada para a próxima terça-feira e os parlamentares usariam os dias 20 e 21 para discutir e votar o documento.
Ainda assim, com a correlação de forças internas altamente desfavoráveis, Salles tende a perder em uma eventual votação pela aprovação do relatório. Por isso, bolsonaristas se articulam para transformar pontos do documento final em Projetos de Lei, para que sejam apreciados pelo Plenário da Casa. Ainda assim, a estratégia parece temerária, posto que a base aliada ao governo, deve votar contra o texto de Salles.