Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Lira destrava pauta econômica, na Câmara, após negociar com Planalto

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Quinta, 22 de Fevereiro de 2024 às 18:38, por: CdB

Nesta quinta-feira, na reunião convocada pelo presidente aos líderes partidários, nas duas Casas do Congresso, serviu para marcar o entendimento entre o presidente da Câmara e o governo.


Por Redação - de Brasília

Presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) demonstrou sua satisfação com as negociações realizadas com o Palácio do Planalto e adiantou ao governo, nesta quinta-feira, que trabalhará para destravar a pauta econômica em curso, no Congresso. Antes de viajar para a África, na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encarregou-se, pessoalmente, em liberar as principais reivindicações do parlamentar, líder do chamado ‘Centrão’.

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Arthur Lira articula para manter o poder após deixar o cargo, no ano que vem


Nesta quinta-feira, na reunião convocada pelo presidente aos líderes partidários, nas duas Casas do Congresso, serviu para marcar o entendimento entre o presidente da Câmara e o governo. Na véspera, o governo confirmou que irá reenviar ao Congresso a proposta de reoneração da folha de pagamentos por meio de projeto de lei, desistindo de tentar aprovar a volta da cobrança de impostos por medida provisória. Entraram na conta do presidente da Câmara também a promessa de recomposição das emendas parlamentares.

 

CPI da Braskem


Lira também comemorou a derrota do adversário e conterrâneo Renan Calheiros (MDB-AL) na tentativa de relatar a comissão parlamentar de inquérito da Braskem. A rivalidade entre Lira e Renan na política alagoana serve como pano de fundo da CPI, que interfere diretamente nos interesses de ambos os grupos no Estado. A relatoria da CPI ficou a cargo do senador petista Rogério Carvalho (SE).

Lira já sinalizou ao governo que vai ajudar na articulação da reoneração, assim como nas negociações para a reformulação do Perse, programa de incentivos ao setor de eventos que também constava da medida provisória que retomava a cobrança de impostos na folha. Também há clima favorável na Casa para auxiliar o governo na discussão da regulamentação da reforma tributária.

A reunião desta quinta-feira é um dos desdobramentos da reunião que Lula e Lira tiveram na sexta-feira antes do carnaval. Na ocasião, o presidente da Câmara disse a Lula que havia uma frustração grande entre líderes partidários pela falta de diálogo direto com o presidente, o que ocorria regularmente nos seus dois outros mandatos.

 

Sem impeachment


Arthur Lira também descartou em conversa com aliados, nesta manhã, o apoio a qualquer iniciativa de pedido de impedimento do presidente Lula por causa da crise com Israel. Interlocutores de Lira disseram à mídia conservadora que não haveria embasamento técnico e jurídico para o pedido com base apenas em uma declaração presidencial.

No domingo, Lula comparou a invasão de Israel em Gaza ao massacre contra os judeus por Adolf Hitler. Desde então a crise entre os dois países vem escalando. Aliados do presidente da Câmara também ponderam que não há suporte político e nem clima no Congresso para apoiar uma tese de impeachment, apesar da iniciativa da oposição de tentar recolher assinaturas.

Pessoas próximas a Lira disseram, ainda, que o apoio popular para uma medida de tamanha gravidade é “zero”.

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