PMs irão a júri popular por morte de jovem. MP nega confronto e indica fraude processual, já que agentes recolheram cápsulas, alterando a cena do crime.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
O TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio) negou recurso dos policiais militares acusados pela morte de Kathlen Romeu.

O caso será levado a júri popular, ainda sem data definida.
Em março, a Justiça entendeu que os indícios do caso apresentados pela Polícia Civil e Ministério Público eram suficientes para um júri popular.
Mas a defesa entrou com recurso, sob a alegação de que não haveria provas contra os agentes Marcos Felipe da Silva Salviano e Rodrigo Correia de Frias, que irão responder ao processo em liberdade.
Como foi o caso
Em junho de 2021, Kathlen Romeu foi atingida por um tiro de fuzil no tórax em uma operação policial no Complexo do Lins, Zona Norte do Rio.
Grávida de três meses, a jovem de 24 anos estava visitando a avó quando foi surpreendida pelo tiroteio.
A versão inicial da Polícia Militar era de que teria ocorrido confronto com criminosos. Mas a versão foi rebatida por moradores. O MP então indicou que não houve troca de tiros quando a jovem foi atingida.
Investigações indicaram que os agentes recolheram cápsulas de munição e alteraram a cena do crime, levando a uma denúncia por fraude processual.