Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Justiça condena bolsonarista por divulgar mentiras contra as vacinas

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Sexta, 28 de Janeiro de 2022 às 12:11, por: CdB

O áudio de Frazão, que foi candidato a prefeito de São Simão no interior paulista, pelo partido Patriota, foi distribuído pelo WhatsApp e replicado no Facebook. Em um dos trechos da gravação, Frazão diz que a vacina é uma "pauta comunista que tem como objetivo reduzir a população mundial" e "as pessoas vão passar a ter problemas gravíssimos de saúde".

Por Redação - de São Paulo
O militante bolsonarista Marcelo Frazão, de 54 anos, foi condenado pela Justiça de São Paulo por crime de homofobia, nesta sexta-feira, por gravar, em outubro de 2020, um áudio afirmando que a vacina Coronavac "poderia alterar o código genético" e causar "síndromes graves" como "câncer" e “homossexualismo". A mentira foi disseminada pelas redes de apoio ao mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PF).
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Diversas notícias falsas tratam desde supostas vacinas até alimentos milagrosos para cura da doença
O áudio de Frazão, que foi candidato a prefeito de São Simão no interior paulista, pelo partido Patriota, foi distribuído pelo WhatsApp e replicado no Facebook. Em um dos trechos da gravação, Frazão diz que a vacina é uma "pauta comunista que tem como objetivo reduzir a população mundial" e que "as pessoas que a tomarem vão passar a ter problemas gravíssimos de saúde". Segundo o bolsonarista, que é engenheiro agrônomo, "os filhos e os netos vão ter problemas graves porque ela (a vacina) vai alterar o código genético”. — Quando seu filho for ter o filho dele, ele vai nascer com problema. O menino pode deixar de ser menino, vai virar menina. A menina deixa de ser menina e vira menino — mentiu.

Negacionista

Na denúncia, o Ministério Público declarou que Frazão "agiu de forma claramente preconceituosa". "O comportamento sexual, a orientação sexual e a identidade de gênero não são doenças e não podem ser provocadas por medicamentos ou cargas virais", disse o promotor Willian Daniel Inácio na denúncia. "As mensagens de áudio e texto divulgadas pelo denunciado são homofóbicas e transfóbicas, revelando aversão odiosa à orientação sexual e à identidade de gênero de número indeterminado de pessoas, ao compará-las a doenças e ao sugerir sua ligação com questões genéticas”, acrescenta a denúncia Frazão defendeu-se, no processo, declarando não ser homofóbico e que sua fala foi retirada de contexto. Negou ter preconceito, disse que não considera a homossexualidade uma patologia, mas afirmou que só existem dois sexos, o feminino e o masculino. Durante interrogatório, o mentiroso negou a pandemia e disse que não há vacina para a doença, pois "ambos são assuntos políticos”. Seu canal no Youtube, que tinha 170 mil inscritos, foi banido pela plataforma.
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