Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Japão: ministros sob suspeita de fraude financeira pedem demissão

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Quinta, 14 de Dezembro de 2023 às 15:04, por: CdB

De acordo com a imprensa, os procuradores japoneses investigam suspeitas de fraude contra dezenas de membros do Partido Liberal Democrata (LDP, direita conservadora), que governa o país quase ininterruptamente desde 1955.


Por Redação, com Lusa - de Tóquio


Quatro ministros japoneses apresentaram pedido de demissão nesta quinta-feira, depois de o primeiro-ministro Fumio Kishida ter anunciado que pretende enfrentar um escândalo de fraude financeira no seio do partido que lidera, noticiou a imprena local.




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Procuradores investigam denúncias contra partido que governa o país

– Apresentei a minha demissão ao primeiro-ministro – declarou o braço direito de Kishida, o secretário-geral e porta-voz do governo, Hirokazu Matsuno, referindo-se às suspeitas de que é alvo.


O ministro da Economia, Comércio e Indústria, Yasutoshi Nishimura, o ministro da Administração Interna, Junji Suzuki, e o ministro da Agricultura, Ichiro Miyashita, também apresentaram a demissão, juntamente com cinco vice-ministros e outros funcionários, anunciou Matsuno.


– A desconfiança do público está centrada nos fundos políticos, o que leva à desconfiança em relação ao governo. Como está ocorrendo uma investigação, achei que devia esclarecer as coisas – justificou Yasutoshi Nishimura aos jornalistas.


De acordo com a imprensa, os procuradores japoneses investigam suspeitas de fraude contra dezenas de membros do Partido Liberal Democrata (LDP, direita conservadora), que governa o país quase ininterruptamente desde 1955.



Suspeitos


Os meios de comunicação social japoneses têm apontado que esses membros são suspeitos de não terem declarado o equivalente a vários milhões de euros recolhidos através da venda de bilhetes para eventos de angariação de fundos, que o LDP lhes terá pago.


Os investigadores estão sobretudo interessados nos membros da maior fação interna do partido, liderada pelo antigo primeiro-ministro Shinzo Abe, assassinado no ano passado.


Eles teriam recebido cerca de 500 milhões de ienes (3,2 milhões de euros) durante um período de cinco anos, até 2022.




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