O ataque contra Márquez, cujo nome verdadeiro era Luciano Marín Arango, pode ter sido liderado por Iván Mordisco, líder de um grupo dissidente rival das Farc, segundo fontes de segurança.
Por Redação, com Reuters - de Bogotá
Iván Márquez, o conhecido líder de uma facção das Farc que voltou às armas após um acordo de paz com o governo da Colômbia, morreu na Venezuela, disseram duas fontes familiarizadas com o assunto à agência inglesa de notícias Reuters na quinta-feira.
Embora a maioria dos membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) tenham se desmobilizado sob o acordo de 2016, que encerrou o papel das Farc no conflito de quase 60 anos do país, dois grandes grupos o rejeitam e, segundo as forças de segurança, continuaram a participar de tráfico de drogas e mineração ilegal.
"A informação fornecida pelo grupo é que ele morreu em um hospital em Caracas, onde recebeu atendimento médico por ferimentos graves sofridos em um ataque na Venezuela no final de junho de 2022", disse uma fonte próxima à Segunda Marquetalia.
O ataque
O ataque contra Márquez, cujo nome verdadeiro era Luciano Marín Arango, pode ter sido liderado por Iván Mordisco, líder de um grupo dissidente rival das Farc, segundo fontes de segurança.
O ministro da Defesa da Colômbia, Iván Velásquez, disse a jornalistas que ainda não havia informações oficiais sobre a morte de Márquez.
O Ministério da Informação da Venezuela não respondeu imediatamente às perguntas enviadas pela Reuters.
Márquez foi um dos negociadores do acordo, mas o abandonou apenas dois anos depois, em 2018, após seu sobrinho ter sido preso e enviado para os Estados Unidos.
Mais tarde, Márquez emergiu como o líder da chamada Segunda Marquetalia, um grupo ex-Farc que voltou a pegar em armas com cerca de 1.670 membros.