Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Irã exige responsabilização dos EUA para retomar negociações

O Irã condiciona futuras negociações à responsabilização dos EUA pelos ataques a suas instalações nucleares, descartando conversas diretas com o governo Trump.

Segunda, 04 de Agosto de 2025 às 14:05, por: CdB

Os iranianos descartam, sob qualquer hipótese, conversas diretas com o governo de Donald Trump.

Por Redação, com CartaCapital – de Teerã, Washington

O Irã quer que os Estados Unidos assumam suas responsabilidades pelos ataques de junho contra as instalações nucleares do país como condição para futuras negociações, ao mesmo tempo em que descartou conversações diretas com Washington.

Irã exige responsabilização dos EUA para retomar negociações | O presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei
O presidente dos EUA, Donald Trump, e o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei

Os Estados Unidos atacaram várias instalações nucleares do Irã em 22 de junho, no âmbito da guerra iniciada por Israel e que acabou com os incipientes contatos sobre o programa nuclear do Irã.

– Em qualquer possível negociação (….) a questão de responsabilizar os Estados Unidos e exigir uma compensação por cometer uma agressão militar contra as instalações nucleares pacíficas do Irã será um dos pontos na agenda – declarou nesta segunda-feira o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Esmail Baqai.

Ao ser perguntado sobre se o Irã participaria de conversações diretas com os Estados Unidos, respondeu: “Não”.

Israel

Em junho, Israel lançou um ataque sem precedentes contra instalações nucleares e militares iranianas e também atingiu áreas residenciais durante 12 dias de guerra, ao qual as forças americanas se uniram  com ataques a instalações nucleares em Fordo, Isfahan e Natanz.

Os combates interromperam as negociações iniciadas em abril entre Teerã e Washington, as conversações mais importantes desde que os Estados Unidos abandonaram um acordo histórico sobre as atividades nucleares do Irã em 2018.

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