Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Investigado no STF, Lira é tragado por escândalo de corrupção

Arquivado em:
Terça, 27 de Junho de 2023 às 15:40, por: CdB

O Supremo Tribunal Federal (STF) agora passou a integrar a investigação sobre fraudes e desvios de mais de R$ 8 milhões na compra de kits de robótica para escolas de Alagoas, com verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).


Por Redação - de Brasília

Presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL) foi tragado inteiramente em mais um escândalo de corrupção no Legislativo brasileiro. Na investigação da Polícia Federal (PF), os fatos que se apresentam já chegaram ao parlamentar alagoano. Informes de pessoas próximas ao inquérito à mídia conservadora detalham a existência de áudios reveladores, em conversas entre suspeitos.

arthur-lira.jpg
Arthur Lira é alvo de uma investigação no âmbito do Supremo, sobre corrupção


O Supremo Tribunal Federal (STF) agora passou a integrar a investigação sobre fraudes e desvios de mais de R$ 8 milhões na compra de kits de robótica para escolas de Alagoas, com verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O inquérito atinge aliados do presidente da Câmara, mesmo que ele não constasse entre os investigados na primeira fase da operação.

Um dos suspeitos de participar do esquema criminoso é o assessor Luciano Cavalcante, auxiliar de Lira lotado na liderança do PP da Câmara. Ele foi exonerado após a operação. Os policiais encontraram anotações manuscritas de uma série de pagamentos a “Arthur”. Os registros somam cerca de R$ 265 mil, como revelou a revista Piauí.

Benedito


Se não bastasse, o diretório do PP em Alagoas paga aluguel à madrasta de Arthur Lira com recursos públicos do Fundo Partidário. Todos os meses, Tereza Palmeira recebe R$ 5,6 mil da legenda, controlada pelo marido dela, o prefeito Benedito de Lira, pai do deputado. A madrasta é proprietária do ponto comercial onde funciona a sede estadual da sigla no bairro Jatiúca, na região central de Maceió.

No ano passado, o diretório alagoano do partido recebeu R$ 6,8 milhões do fundo. Os dados foram informados pela própria sigla ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Até 2 de dezembro de 2019, o imóvel era cedido gratuitamente ao partido. Naquela data, Tereza Palmeira e o marido Biu de Lira, prefeito de Barra de São Miguel (AL), firmaram um acordo pelo qual ela informava que deixaria de ceder o ponto.

“O cedente, por não possuir mais interesse na cessão gratuita do imóvel, decidiu desistir da continuidade do contrato até agora vigente”, registra o contrato.

Em 2020, o PP de Alagoas começou a pagar R$ 4,5 mil mensais pelo imóvel da madrasta de Arthur Lira. O valor do aluguel foi reajustado em março de 2021, quando o partido passou a desembolsar R$ 5,6 mil por mês. Até o fim do ano passado, a legenda já havia desembolsado R$ 191,9 mil com os aluguéis pagos à madrasta, com recursos da ‘viúva’, como também é conhecido o Estado brasileiro.

Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo