Inicialmente, o policial militar ficou vinculado ao gabinete da vice-liderança do PP, ocupada à época por Flávio. Um ano depois foi transferido para o próprio gabinete do então deputado e demitido em setembro”.
Por Redação - do Rio de Janeiro
O policial militar reformado Wellington Sérvulo Romano da Silva, ex-assessor do atual senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), declarou em 2016 ter mais da metade de seu patrimônio em dinheiro vivo. Seu patrimônio saltou mais de 1.000% no período em que atuou com o então deputado estadual na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
É o que apontam as declarações de Imposto de Renda do tenente-coronel reformado, referentes aos anos de 2014, 2015 e 2016. O tenente-coronel reformado foi mantido com o primogênito do presidente da República de abril de 2015 a setembro de 2016, segundo constataram os investigadores do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPE-RJ).
Inicialmente, ele ficou vinculado ao gabinete da vice-liderança do PP, ocupada à época por Flávio. Um ano depois foi transferido para o próprio gabinete do então deputado e demitido em setembro”.
Imposto
Segundo as informações enviadas à Receita Federal, Sérvulo aumentou seu patrimônio declarado de R$ 9.273,37, no fim de 2015, para R$ 103.291,47, em dezembro de 2016. O aumento foi atribuído, principalmente, aos R$ 55 mil em dinheiro vivo que ele declarou como bem em 2016.
Em 2014, ele havia declarado um patrimônio de R$ 83.265,92, sendo R$ 50.407 referente a um veículo vendido naquele ano. No ano anterior, o patrimônio do PM era de R$ 89.928. Nestes dois anos, ele declarou ter R$ 15 mil em espécie, valor que não apareceu no Imposto de Renda de 2015, de acordo com o inquérito.
Documentos vazados para o diário conservador paulistano Folha de S. Paulo constatam, ainda, que o ex-assessor do hoje senador teve rendimento de R$ 285,9 mil em 2016. A maior parte refere-se ao salário da PM (R$ 239,4 mil), que se somou aos vencimentos da Assembleia (R$ 46,5 mil).