Administrador tentou agredir policial após ofender vítima dentro da Deam; mulher relatou anos de violência e perseguição.
Por Redação, com Agenda do Poder – do Rio de Janeiro
Reinaldo Carlos Pimenta, de 54 anos, foi preso no domingo após invadir a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e ofender a ex-mulher, que registrava um boletim contra ele. O homem, que é administrador, tentou fugir e acabou contido por um policial após luta corporal na porta da unidade.

À polícia, a vítima contou que foi casada com o Reinaldo por 27 anos e afirmou ter sido agredida diversas vezes. Ela também relatou que era forçada a manter relações sexuais sob a justificativa de que o ex-marido “pagava as contas da casa”.
– Ele não aceita o fim do relacionamento e persegue essa mulher, xingando, mandando mensagem ininterruptamente e até invadindo a casa dela. Mas tem um diferencial, ele foi até a delegacia, enquanto ela estava fazendo o registro, começou a filmar, xingar e ofender ela na frente de outras vítimas – detalhou a delegada Mônica Areal, titular na especializada.
Após a separação, há duas semanas, passou a ser perseguida por ele, que enviava mensagens, fazia ligações constantes e chegou a invadir a casa onde ela estava morando.
O próprio Reinaldo entrou na delegacia atrás da mulher, filmando toda a ação, com intuito de mandar para a filha do casal. Outras imagens obtidas por Agenda do Poder mostram ainda ele invadindo a casa da ex-mulher.
Tentativa de fuga
Durante o registro na delegacia, Reinaldo entrou no local, proferiu ofensas contra a mulher diante de outras vítimas e dos agentes e tentou deixar o prédio em seguida.
Um policial o perseguiu até a rua e, ao tentar contê-lo, foi atacado. O agressor foi imobilizado, algemado e preso nas imediações da unidade, já em cima da motocicleta que usaria para fugir.
– Ele tentou agredir o policial, resistiu a prisão e mesmo assim foi preso. Isso é um recado para as vítimas de que nós estamos aqui para defendê-las – afirma a delegada.
De acordo com a polícia, todas as vítimas que estavam na Deam no momento do episódio prestaram depoimento contra o homem.
A reportagem não conseguiu localizar a defesa de Reinaldo. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.