Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Haddad considera sistema tributário ‘injusto’ e fala em ‘disciplina fiscal’

Haddad falou durante o Brasil Investment Forum (BIF), que teve também presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que recentemente alarmou investidores ao dizer que dificilmente o país alcançará a meta de zerar o déficit primário no ano que vem. Enfatizou ainda, nos últimos dias, que seus ministros precisam ser os "melhores gastadores do dinheiro em obras de interesse do povo".

Terça, 07 de Novembro de 2023 às 20:22, por: CdB

Haddad falou durante o Brasil Investment Forum (BIF), que teve também presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que recentemente alarmou investidores ao dizer que dificilmente o país alcançará a meta de zerar o déficit primário no ano que vem. Enfatizou ainda, nos últimos dias, que seus ministros precisam ser os "melhores gastadores do dinheiro em obras de interesse do povo".


Por Redação - de Brasília

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira que o Brasil pode investir e gastar recursos, mas tem que saber fazê-lo; ao mesmo tempo em que acredita ser possível a redução do déficit público por meio da correção de um sistema tributário "injusto".

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad


Haddad falou durante o Brasil Investment Forum (BIF), que teve também presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que recentemente alarmou investidores ao dizer que dificilmente o país alcançará a meta de zerar o déficit primário no ano que vem. Enfatizou ainda, nos últimos dias, que seus ministros precisam ser os "melhores gastadores do dinheiro em obras de interesse do povo".

— Chamar atenção para a disciplina não significa ser ortodoxo, como eu tenho insistido muitas vezes. Chamar a atenção para a disciplina é chamar a atenção para a necessidade do planejamento do país. O país precisa se planejar. Ele pode e deve investir, gastar, mas ele tem que saber fazê-lo, de maneira que a taxa de retorno desse investimento tem que ser suficiente para garantir a sustentabilidade no médio e longo prazo das contas públicas — afirmou Haddad.

 

Firmeza


Para o ministro, ter zelo com as contas públicas é saber que o recurso chegará ao seu destino produzindo os melhores resultados.

Em ata do Comitê de Política Monetária (Copom) publicada nesta terça-feira o Banco Central (BC) reforçou a necessidade do cuidado com as contas públicas ao afirmar que observa maior incerteza sobre a capacidade do governo em cumprir as metas fiscais estabelecidas e defender que os objetivos sejam buscados com firmeza.

No seminário, Haddad fez um apelo para que o Senado aprove a proposta de reforma tributária sobre o consumo, argumentando também que é necessário aprovar "agenda pesada" de medidas no Congresso para preservar o novo sistema de tributos e fechar o déficit público. Para ele, esse objetivo será cumprido “por meio do combate a incentivos tributários injustos”, concluiu.

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