O grupo dizia falar em nome de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro, e do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que é um dos coordenadores da campanha do pai. Apesar da simpatia de boa parte dos empresários do campo pela reeleição de Bolsonaro, a maioria dos abordados se sentiu constrangida.
Por Redação - de São Paulo
Os recursos bilionários que abastecerão a campanha do possível candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), parecem ainda insuficientes para seus futuros coordenadores de campanha. A despeito do fundo eleitoral aprovado para abastecer as campanhas, um grupo de empresários se apresentou a representantes do agronegócio e pediu contribuições para ajudar na campanha, o que irritou os empresários. O patrocínio privado às campanhas eleitorais é proibido, por Lei, no Brasil.
“O grupo dizia falar em nome de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, partido de Bolsonaro, e do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que é um dos coordenadores da campanha do pai. Apesar da simpatia de boa parte dos empresários do campo pela reeleição de Bolsonaro, a maioria dos abordados se sentiu constrangida com a forma como os pedidos chegaram e fez com que esse sentimento fosse transmitido a seus interlocutores no Palácio do Planalto”, relatam jornalistas do diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP).
Arrecadação
Ainda segundo o OESP, “ficaram especialmente apreensivos com as menções a Costa Neto e Flávio. O chefe do PL foi condenado e preso por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no mensalão, primeiro grande escândalo de corrupção da era PT. E o filho do presidente é investigado pela suspeita de se apropriar de salários de funcionários do gabinete quando era deputado estadual”.
Os empresários contatados não gostaram de ver esses políticos envolvidos na arrecadação de dinheiro. A abordagem pela doação está registrada em mensagens trocadas num grupo de WhatsApp, ao qual o jornal teve acesso. “Foi ali que chegaram os primeiros pedidos, feitos de forma mais incisiva por Bruno Scheid, administrador de fazenda de gado em Ji-Paraná (RO). Também atuaram o pecuarista Adriano Caruso, de São José do Rio Preto (SP), filiado ao PL, e Cuiabano Lima, locutor de rodeios e secretário de Turismo de Barretos (SP)”, resume o diário.
O caso foi encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral do Estado de São Paulo.