Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Governador do Tocantins é alvo de operação da PF

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Quarta, 21 de Agosto de 2024 às 11:47, por: CdB

Investigação indica participação de Wanderlei Barbosa (Republicanos) em um esquema de corrupção montado durante a pandemia.

Por Redação, com CartaCapital – de Brasília

A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta terça-feira, uma operação contra o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos).

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O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa

Ele é alvo de um mandado de busca e apreensão autorizado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que diz respeito a uma investigação da PF que aponta a suposta ligação mandatário com um esquema de fraude para fornecimento de cestas básicas.

O governador é apenas um dos 42 alvos da operação da PF nesta terça-feira. Karynne Sotero, a primeira-dama, e Rérison Castro e o deputado Léo Barbosa, filhos do governador, também são alvos das buscas.

De acordo com a PF, o esquema aproveitava o estado de emergência criado pela pandemia de covid-19 para contratar empresas previamente selecionadas para o fornecimento de cestas básicas.

Na prática, as empresas recebiam os valores contratados, mas entregavam apenas parte do material acordado.

As investigações apontam que o suposto esquema aconteceu entre 2020 e 2021. À época, Wanderlei Barbosa era vice-governador do Tocantins.

A operação desta quarta-feira foi chamada de Fames-19, em referência ao período pandêmico. A nomenclatura tem a ver com o estado de insegurança alimentar imposto pela pandemia.

O governador do Estado já se pronunciou sobre a operação, dizendo que não era o responsável por autorizar o uso de recursos para o programa de cestas básicas.

– O Governador Wanderlei Barbosa informa que recebeu com surpresa, porém com tranquilidade, a operação ocorrida nesta manhã, sobretudo porque na época dos fatos era vice-Governador e não era ordenador de nenhuma despesa relacionada ao programa de cestas básicas no período da pandemia – disse Barbosa, através de nota.

Carreira política

Wanderlei Barbosa, no centro das suspeitas investigadas pela PF, começou a sua carreira em 1989, quando foi eleito vereador em Porto Nacional. Na época, ele passou a atuar como subprefeito de Taquaruçu, mas, já em 1996, mudou-se para Palmas, a capital do estado, quando foi eleito vereador.

A passagem dele pela Câmara dos Vereadores de Palmas foi longa. Por lá, ele ficou entre 1997 e 2011, chegando a presidir o Legislativo local em duas oportunidades (2003-2004 e 2009-2010).

Ele chegou, então, ao governo do Tocantins no pleito de 2018. Uma eleição suplementar foi realizada em junho daquele ano, fazendo com que Wanderlei Barbosa fosse eleito para o cargo de vice na chapa comandada por Mauro Carlesse.

Já durante o mandato, uma série de acusações contra Calesse fez com que o seu mandato fosse cassado e ele ficasse inelegível por oito anos. Wanderlei Barbosa chegou ao governo dado o afastamento do aliado, em 2021.

Já no pleito de 2022, o quadro do Republicanos foi, finalmente, eleito como governador. Wanderlei Barbosa recebeu 481 mil votos na eleição daquele ano.

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