Publicamente, Zema tem dito que a associação do seu nome ao de Bolsonaro ocorre por coincidência, por terem sido eleitos juntos como desconhecidos. Também diz que deve cobrar mais ações do governo federal em relação a Minas. Mas, quando questionado sobre o apoio no segundo turno, evita citar Bolsonaro.
Por Redação - de Belo Horizonte
Candidato à reeleição ao governo de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) foi eleito sob o slogan: "Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”, com direito a um grito de guerra ao final da propaganda: “Bolsozema!”, no apoio direto ao então candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PL). A fórmula, no entanto, foi abandonada na atual campanha eleitoral.
Agora, o governador adota uma posição de neutralidade em relação à disputa nacional, com o seu principal opositor, ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD), aliado ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Diante dos números apresentados nas pesquisas de opinião, Zema tenta se distanciar do mandatário, nos últimos meses, evitando fechar um palanque conjunto, no Estado.
Mal estar
Publicamente, Zema tem dito que a associação do seu nome ao de Bolsonaro ocorre por coincidência, por terem sido eleitos juntos como desconhecidos. Também diz que deve cobrar mais ações do governo federal em relação a Minas. Mas, quando questionado sobre o apoio no segundo turno, evita citar Bolsonaro, ao mesmo tempo em que não vota “em partido corrupto”.
— Não voto no PT — garante.
Para evitar um mal estar maior entre Bolsonaro ou Lula, o governador elogia o candidato do próprio partido à Presidência, Felipe d’Ávila, mas sem muita convicção. Na realidade, Zema tem prestado atenção no alto índice de rejeição a Bolsonaro.
Outro fator é o número de eleitores que tem declarado voto em Lula para a Presidência e Zema no Estado, o que leva à prática já batizada de "Luzema".