Segundo a denúncia de Paulo Gonet, a bolsonarista expôs em um dos grupos que tratava da ida a Brasília, o caráter violento premeditado do ato: “preparem as máscaras de gás, pano úmido e água no cantil, spray de pimenta, colete, capacete; bala de borracha não vai faltar”.
Por Redação - de Brasília
A Procuradoria Geral da República (PGR) encaminhou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, nesta segunda-feira, a nova denúncia contra uma golpista do 8 de Janeiro, em que cita fatos inéditos e relevantes. Trata-se de Shirley Faethe de Andrade, paranaense de Maringá, segundo cópia do ofício da PGR ao STF, vazado para a mídia conservadora.
Shirley Andrade explicitou, em mensagens de texto e áudio distribuídos por um serviço de mensageria, o plano de “investida para a tomada de poder” que “não teria dia para acabar”, segundo descreve. Identificados em um dos celulares apreendidos durante os ataques, os diálogos incitam comportamentos violentos contra ministros do STF.
“Bolsonaro deveria é entrar dentro do STF com uma metralhadora e metralhar todos os ministros, kkk”, incita Shirley.
Quebradeira
Segundo a denúncia de Paulo Gonet, a bolsonarista expôs em um dos grupos que tratava da ida a Brasília, o caráter violento premeditado do ato: “preparem as máscaras de gás, pano úmido e água no cantil, spray de pimenta, colete, capacete; bala de borracha não vai faltar”.
Após a quebradeira, em gravações registradas do Congresso, ela anunciou: “daqui não sairemos até que seja decretada a GLO” e “só sai se o Exército vir. Senão nós vai (sic) preso”.
Nas trocas de mensagens, a golpista ensina como reduzir os efeitos do gás lacrimogênio com o uso de água e vinagre e pede que as pessoas usem o “kit” montado com os objetos listados acima; além do uso de óculos e luvas de couro para “pegar a bomba de gás e jogar no galão de água”. Shirley faz um alerta no grupo de que podem ser presos e avisa que “a luta vai ser pesada”.
Andrade foi denunciada pelo MPF por outros quatro crimes.