O PGR não acredita que haja “criminalização da política” e ressaltou que a autarquia não se submete a interesses partidários.
Por Redação – de Brasília
O Plenário do Senado aprovou, nesta quarta-feira, a recondução de Paulo Gonet ao comando da Procuradoria-Geral da República (PGR) com 45 votos favoráveis e 26 contrários, no início da noite. Na sabatina, Gonet, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para um novo mandato de dois anos à frente da PGR, afirmou que a instituição mantém sua independência e imparcialidade.

O PGR não acredita que haja “criminalização da política” e ressaltou que a autarquia não se submete a interesses partidários.
— É certo que não foram apenas os registros do Estado Democrático de Direito que demandaram a atenção da Procuradoria-Geral da República. Houve investigações sobre atos de governos anteriores e do atual governo. O que importa, até o presente, é que não há criminalização da política em si. Sobretudo, a tinta que imprime as peças produzidas pela Procuradoria-Geral da República não tem as cores das bandeiras partidárias — disse.
Golpe
Relator da indicação, o senador Omar Aziz (PSD-AM) apresentou parecer favorável à recondução, destacando a postura “técnica e apartidária” do procurador-Geral. A indicação seguiria, ainda nas próximas horas, para referendo no Plenário do Senado.
Logo no início de seu pronunciamento, Gonet reafirmou o compromisso com a autonomia do Ministério Público e o respeito aos demais Poderes.
— Reafirmo o compromisso com o respeito, pela Procuradoria-Geral da República, às competências dos Poderes da República, o que se traduz em posição arredia à interferência sobre opções próprias dos Poderes integrados por agentes legitimados diretamente pelo voto popular — resume o atual procurador.