Freixo lidera a preferência do eleitorado em três dos quatro cenários elaborados pelo Paraná Pesquisas. O deputado do PSOL tem 23,8% de intenção de voto contra a deputada estadual Martha Rocha (PDT), que tem 23,1% e o governador Cláudio Castro (PSC), que tem 16,3%.
Por Redação, com BdF - do Rio de Janeiro
O deputado federal Marcelo Freixo (PSOL) lidera as intenções de voto para a eleição de 2022 ao governo do Estado do Rio de Janeiro, segundo o Instituto Paraná Pesquisas. O estudo, divulgado nesta nesta quarta-feira, entrevistou 1.530 eleitores de 44 municípios do Estado entre os dias 28 de maio e 1º de junho.
Freixo lidera a preferência do eleitorado em três dos quatro cenários elaborados pelo Paraná Pesquisas. O deputado do PSOL tem 23,8% de intenção de voto contra a deputada estadual Martha Rocha (PDT), que tem 23,1% e o governador Cláudio Castro (PSC), que tem 16,3%. O presidente da OAB-RJ, Felipe Santa Cruz, nome que pode ser apoiado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), tem 2,1%.
No segundo cenário, o instituto retirou o nome de Martha Rocha (PDT). Freixo tem, então, 23,5%; Cláudio Castro (15,6%); o deputado Rodrigo Maia, que está de saída do Democratas, aparece com 12,8%; seguidos pelo prefeito de Duque de Caxias, Washington Reis (MDB), com 8,0%; e o ex-técnico de vôlei Bernardinho (Novo), com 5,6%.
Candidatos
O terceiro cenário tem Freixo com 25,2%; o governador Cláudio Castro, com 16,7%; Washington Reis, com 8,8%; o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves (PDT), com 7%; e Bernardinho com 6%.
A quarta simulação traz o apresentador de televisão Luciano Huck, que já sinalizou que não deve disputar eleição para cargo político, com 21,3% da preferência; Marcelo Freixo (20,5%); Martha Rocha (14,7%); Cláudio Castro (13%); e Felipe Santa Cruz (1,3%).
Os quatro cenários elaborados são de pesquisa estimulada, quando o entrevistador menciona os nomes dos possíveis candidatos. Em todas as simulações, os votos em nenhum candidato, branco ou nulo têm percentual maior que todos os nomes citados na pesquisa, com variação entre 22% e 28%.
Alianças
O retrato atual da pesquisa ainda não leva em conta as futuras alianças que poderão ser feitas por Eduardo Paes, que deixou o Democratas recentemente para se filiar ao PSD. Paes é considerado um cabo eleitoral forte e sinalizou que pode testar no primeiro turno a candidatura de Felipe Santa Cruz. Rodrigo Maia ainda não decidiu o partido ao qual vai se filiar, mas é aliado do prefeito do Rio.
Também não se considerou o futuro político-partidário de Marcelo Freixo, que pode deixar o PSOL para se filiar ao PSB ou ao PDT, como analisou o cientista político da UFRJ Josué Medeiros em entrevista ao site de notícias Brasil de Fato (BdF).
Freixo pode, inclusive, compor uma chapa com o ex-presidente Lula (PT), que anunciou sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto para derrotar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Senado
A deputada federal Benedita da Silva (PT) lidera as intenções de voto para o Senado. Diferentemente de 2018, quando a população elegeu dois senadores por estado, em 2022 o eleitor escolhe apenas um nome para a Casa Legislativa.
Na pesquisa, Benedita tem 18,7%, seguida pelo senador Romário (PL), que tem 14,6%; o ex-prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), com 13,9%; Alessandro Molon (PSB), com 8,5%; o ex-ministro bolsonarista Eduardo Pazuello, com 5,6%; o pastor e deputado Otoni de Paula (PSC), que tem 4,4%; Washington Reis (MDB), com 4,4%; e o deputado federal Chico D'Angelo (PDT), com 1,2% das intenções de voto.
No segundo cenário para o Senado, sem Benedita da Silva (PT) na disputa, Romário lidera com 19,6%, seguido por Crivella (16,1%), Molon (13,8%), Washington Reis (7,1%), Otoni de Paula (6,1%) e Chico D'Angelo (1,8%).
Nas duas simulações, votos em nenhum dos nomes apresentados, nulos e brancos superam os candidatos que lideram a corrida: 22,5% no primeiro cenário e 27,5% no segundo.
Avaliação
O Paraná Pesquisas ouviu os eleitores a respeito do governo que vem sendo feito por Cláudio Castro no estado do Rio. Para 41,3% dos entrevistados, a administração é "regular". Já 32,6% consideram a gestão "ruim" e "péssima", enquanto 17,7% disseram ela é "ótima" e "boa". Os que não sabem ou não opinaram somam 8,3%.
O instituto também perguntou se os eleitores entrevistados aprovam ou desaprovam a condução do governo estadual por Cláudio Castro, que assumiu o cargo interinamente em 28 de agosto de 2020, quando Wilson Witzel (PSC) foi afastado e oficialmente quando o ex-governador sofreu processo de impeachment e teve se mandato cassado.
Até o momento, 46,1% dos eleitores desaprovam o governo de Cláudio Castro; 39,1% aprovam a gestão e 14,8% não souberam ou não opinaram sobre a administração estadual.