A mobilização de um porta-aviões é uma grande escalada de poder militar em uma região que já viu um aumento incomum de tropas americanas no Mar do Caribe e nas águas da Venezuela.
Por Redação, com Reuters – de Port of Spain
Um navio de guerra dos Estados Unidos lançador de mísseis chegou neste domingo, a Trinidad e Tobago, um pequeno arquipélago situado em frente à Venezuela, em um momento em que o presidente Donald Trump intensifica sua pressão sobre Nicolás Maduro. A chegada do USS Gravely, assim como de uma unidade de fuzileiros navais para exercícios com o Exército trinitino, havia sido anunciada na quinta-feira pelo governo local.

A mobilização de um porta-aviões é uma grande escalada de poder militar em uma região que já viu um aumento incomum de tropas americanas no Mar do Caribe e nas águas da Venezuela. Até o momento, os EUA já realizaram 10 ataques a embarcações em águas da América do Sul, deixando cerca de 43 mortos. Mais de 10 mil soldados estão na região.
A chegada do USS Gerald R. Ford havia sido anunciada na quinta-feira, 23, pelo governo do arquipélago anglófono de 1,4 milhão de habitantes, cuja ponta ocidental está a cerca de dez quilômetros da Venezuela.
Caribe
O destróier permanecerá atracado em Port of Spain, a capital de Trinidad e Tobago, até quinta-feira, período durante o qual uma unidade de fuzileiros navais americanos realizará um treinamento conjunto com as forças de defesa do pequeno país caribenho.
— Há uma boa razão para trazerem seu navio de guerra para cá. É para ajudar a limpar os problemas de drogas que estão no território venezuelano. É por uma boa causa, muitas pessoas serão libertadas da opressão e do crime — acredita Lisa, uma moradora de 52 anos que prefere não revelar seu sobrenome.
A primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, é uma fervorosa apoiadora de Trump e adotou, desde sua posse em maio de 2025, um discurso virulento contra a imigração e a criminalidade venezuelana em seu país.