As Forças Especiais são a tropa de elite do Exército Brasileiro, formada para missões confidenciais de alto risco e nas chamadas “operações de guerra irregular” – como guerrilha urbana, insurgência e movimentos de resistência à quebra da ordem democrática. O apelido de ‘kid preto’ tem a ver com a cor do gorro usado pelos militares.
Por Redação - de Brasília
A investigação da Polícia Federal (PF) sobre os atos terroristas de 8 de janeiro, na tentativa fracassada de um golpe de Estado, no país, avançou na coleta de evidências de que os chamados ‘kids pretos’, agentes das Forças Especiais do Exército que ocuparam dezenas de cargos no governo do mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL), infiltraram-se nas manifestações para conduzir o ‘efeito manada’ que terminou no quebra-quebra às sedes dos Três Poderes.
As Forças Especiais são a tropa de elite do Exército Brasileiro, formada para missões confidenciais de alto risco e nas chamadas “operações de guerra irregular” – como guerrilha urbana, insurgência e movimentos de resistência à quebra da ordem democrática. O apelido de ‘kid preto’ tem a ver com a cor do gorro usado pelos militares.
Táticas
Fontes ligadas à apuração da colunista Bela Megale, do diário conservador carioca O Globo, passaram imagens das câmeras de segurança da Esplanada e vazaram depoimentos de envolvidos no tumulto generalizado que tomou a Praça dos Três Poderes, em ações violentas que, ao que tudo indica, foram coordenadas por ‘kids pretos’ em pontos estratégicos e ao longo do trajeto desde o acampamento no Quartel General do Exército.
A PF suspeita que a tropa tivesse participação no golpe de Estado frustrado foi levantada pela primeira vez em uma reportagem da revista mensal Piauí, de junho passado, em que o repórter Allan de Abreu identificava nas imagens daquele dia várias táticas características das forças especiais.
Ao longo das investigações, no entanto, investigadores colheram novas evidências sobre a denúncia.