Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Em entrevista ao ‘Roda Viva’, Haddad bate em FHC e não perdoa Ciro Gomes

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Terça, 07 de Julho de 2020 às 13:35, por: CdB

“Sobre o Roda Viva de ontem, com Haddad, em plena pandemia, no dia em que o país chega à triste marca de 65 mil mortos, por culpa exclusiva de Bolsonaro, que dobrou sua aposta no ódio, agora, insurgindo-se contra o uso de máscaras, a única coisa que se pode dizer é que Vera Magalhães foi congelada em 2018 e descongelada somente ontem para entrevistar Haddad", comentou a jornalista Celeste Oliveira, do site Antropofagista.

Por Redação - de São Paulo
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Haddad, em entrevista ao programa Roda Viva, não deixou de comentar sobre a posição de seus adversários nas últimas eleições

Candidato do PT em 2018, o professor Fernando Haddad (PT) não perdoou as forças políticas que se omitiram antes do segundo turno das eleições presidenciais e permitiram a instalação de um governo neofascista, no Brasil. Na entrevista ao programa de entrevistas Roda Viva, na TV Cultura, Haddad afirmou que “Bolsonaro não tinha condições”.

— Mas fazer o quê, se Fernando Henrique Cardoso anulou o voto, se Ciro Gomes preferiu ir pra Paris — afirmou.

No programa, o ex-prefeito de São Paulo também afirmou que Bolsonaro se utiliza de métodos fascistas em seu governo.

— A maneira como ele usa a comunicação: a fake news não é um expediente do Bolsonaro, é uma prática. Hoje aparece uma foto dele falando que está tomando a cloroquina porque está com febre, ou seja, ele é uma pessoa que joga no obscurantismo — bateu.

Empatia

Haddad também falou sobre as ações do governo contra (ou a favor) da covid-19.

— Agora, essas coisas das máscaras. Eu não sei se é sadismo, falta de empatia, uma demonstração tola de autoridade, não sei o que se passa na cabeça de uma pessoa tão desequilibrada quanto Bolsonaro. Olha o que estamos vivendo! — observou.

Crítica do programa, a jornalista Celeste Oliveira, do site Antropofagista, observa que a apresentadora Vera Magalhães pende para a extrema direita.

“Sobre o Roda Viva de ontem, com Haddad, em plena pandemia, no dia em que o país chega à triste marca de 65 mil mortos, por culpa exclusiva de Bolsonaro, que dobrou sua aposta no ódio, agora, insurgindo-se contra o uso de máscaras, a única coisa que se pode dizer é que Vera Magalhães foi congelada em 2018 e descongelada somente ontem para entrevistar Haddad. Ela, até hoje, está com seu dilema entre Bolsonaro e Haddad”, escreveu.

Cretina

Segundo Oliveira, “o jogo da direita é aquele do Roda Viva mesmo. Não deixar que as ideias e debates se desenvolvam. É o olavismo “civilizado”. O interessante é que o mesmo papo de Vera Magalhães que optou em ser “neutra” na “escolha difícil”, cobrar autocrítica do PT, e não dela. O Roda Viva é uma espécie de gabinete do ódio tucano com direito a ‘vai pra Cuba’, ‘vai pra Venezuela’ e ‘nossa bandeira jamais será vermelha”.

A fixação da bancada do Roda Viva pela fantasia anticorrupção da Lava Jato, adicionou a jornalista “só mostra que Moro e a república de Curitiba são criações da mídia. Impressiona, mesmo com tantas falcatruas de Moro, incluindo sua participação no bando de Bolsonaro, Vera Magalhães siga lavajatista. Vendo Haddad falar, automaticamente pensei, como a mídia brasileira preferiu apoiar e eleger Bolsonaro? Ela consegue ser mais cretina que o fascista que elegeu”.

“É isso que a entrevista desta segunda-feira deixou bem claro”, concluiu. 

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