A participação do crédito imobiliário na economia nacional no Produto Interno Bruto (PIB) passou de 2% no início dos anos 2000 para 10% em 2015. Desde então não cresceu mais.
Por Redação – de São Paulo
Agentes do mercado e do governo têm buscado uma agenda com diversas iniciativas para fazer o crédito imobiliário crescer nos próximos anos, a partir de novas fontes de recursos. A movimentação ganhou força após ficar claro que a poupança – principal fonte para os financiamentos – não deve se recuperar após os saques de mais de R$ 200 bilhões nos últimos três anos. O entendimento é de que é preciso procurar alternativas, ou o crédito ficará escasso e caro.
A participação do crédito imobiliário na economia nacional no Produto Interno Bruto (PIB) passou de 2% no início dos anos 2000 para 10% em 2015. Desde então não cresceu mais.
Em parte, o avanço dos anos anteriores ocorreu graças à criação de ferramentas jurídicas – como a alienação fiduciária e o patrimônio de afetação – que deram mais segurança para os bancos emprestarem o dinheiro e tomarem as garantias em caso de calote.
Casa própria
O avanço também se deu pelo surgimento do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ (MCMV), que se vale de recursos subsidiados do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para financiar o sonho da casa própria das pessoas de renda baixa.
Depois disso, a participação do crédito imobiliário no PIB parou de avançar, prejudicada pelo ambiente de juros altos e pelo esgotamento da poupança.
— O crédito teve um crescimento muito grande. Mas quando se olha os últimos dez anos, ficou estagnado, oscilando entre 9% e 10% — disse Marina Gontijo, sócia da Oliver Wyman, ao diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo, nesta sexta-feira.
A consultoria fez um raio-x do setor encomendado pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).