A companhia afirma que o objetivo é "reapresentar a Eletrobras, agora uma corporação privada, focada no desenvolvimento da integração do Brasil a partir de seu sistema de transmissão e energia renovável". Na realidade, a empresa gastará milhões para defender o processo de privatização e tentar desarticular os ataques disparados do governo.
Por Redação - de Brasília
No centro de um ataque direto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao processo de privatização da Eletrobras, que ele classifica como uma "bandidagem" e "crime de lesa-pátria”, a diretoria da empresa ampliou em 57% os valores do contrato com uma agência de publicidade, que passou de R$ 30 milhões para R$ 47 milhões.
A companhia afirma que o objetivo é "reapresentar a Eletrobras, agora uma corporação privada, focada no desenvolvimento da integração do Brasil a partir de seu sistema de transmissão e energia renovável". Na realidade, a empresa gastará milhões para defender o processo de privatização e tentar desarticular os ataques disparados do governo.
Conselho
O aditivo foi fechado com a agência Artplan no último dia 9, quatro dias depois de o governo, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), em peça jurídica assinada pelo próprio presidente Lula (PT), contestar no STF a representação do governo no Conselho de Administração da Eletrobras. Apesar de ter 43% das ações da companhia, o governo tem poder de voto de apenas 10% no conselho.
A Eletrobras, que foi vendida aos sócios minoritários durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), também vai gastar R$ 800 mil com a RP Brasil Comunicações, uma empresa especializada em gerenciamento de crise. Ou seja: hoje controlada pelos minoritários, em detrimento da União, a empresa vai gastar dinheiro de todos os acionistas na tentativa de recompor sua marca junto ao mercado.