Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Eleitor de direita apoia terroristas envolvidos no golpe fracassado em 8/1

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Sexta, 23 de Agosto de 2024 às 20:27, por: CdB

Dentre eles, 14 adotaram o adjetivo “patriota” em seus nomes de urnas ao se registrarem na Justiça Eleitoral. Um deles foi mais direto e se apresentou como “patriota preso”. Entre os candidatos, 16 vão concorrer pelo PL de Bolsonaro.

Por Redação – de Brasília

Parte do eleitorado brasileiro que vota com a extrema direita se mostra favorável à candidatura de terroristas. É o que mostra o levantamento promovido pelo diário conservador Folha de S. Paulo (FSP) e divulgado nesta sexta-feira. Ao menos 48 dos 1.406 presos por envolvimento em atos de terrorismo e na destruição de prédios públicos no 8 de Janeiro vão concorrer nas eleições municipais de 2024. 

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O STF já condenou, até agora, três réus pelo ataque golpista de 8 de janeiro. Sendo dois deles a uma pena de 17 anos e, um terceiro, a 14 anos de prisão

Eles integram o grupo foi detido em Brasília após os ataques ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF). Serão dois candidatos a prefeito, um a vice-prefeito e 45 postulantes às Câmaras Municipais, em 44 cidades brasileiras.

Dentre eles, 14 adotaram o adjetivo “patriota” em seus nomes de urnas ao se registrarem na Justiça Eleitoral. Um deles foi mais direto e se apresentou como “patriota preso”. Entre os candidatos, 16 vão concorrer pelo PL de Bolsonaro.

Cenário

Os demais estão espalhados em partidos de direita como Republicanos, PP e Novo, nanicos como o DC, PMB e Mobiliza e até mesmo legendas da base do governo Lula (PT), caso do União Brasil e do MDB. Os candidatos ainda não foram julgados pelo STF, corte que concentra os processos. Por isso, não têm restrições para disputar as eleições e, no caso daqueles que venham a ganhar o mandato, a perda do cargo não é automática em caso de condenação.

— Não é muito comum que a gente tenha presos preventivos que sejam candidatos. A gente está vendo um cenário novo que vai dar muita margem para discussão — avalia o advogado João Marcos Pedra, secretário-geral da Comissão de Direito Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

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