Dentre eles, 14 adotaram o adjetivo “patriota” em seus nomes de urnas ao se registrarem na Justiça Eleitoral. Um deles foi mais direto e se apresentou como “patriota preso”. Entre os candidatos, 16 vão concorrer pelo PL de Bolsonaro.
Por Redação – de Brasília
Parte do eleitorado brasileiro que vota com a extrema direita se mostra favorável à candidatura de terroristas. É o que mostra o levantamento promovido pelo diário conservador Folha de S. Paulo (FSP) e divulgado nesta sexta-feira. Ao menos 48 dos 1.406 presos por envolvimento em atos de terrorismo e na destruição de prédios públicos no 8 de Janeiro vão concorrer nas eleições municipais de 2024.
Eles integram o grupo foi detido em Brasília após os ataques ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF). Serão dois candidatos a prefeito, um a vice-prefeito e 45 postulantes às Câmaras Municipais, em 44 cidades brasileiras.
Dentre eles, 14 adotaram o adjetivo “patriota” em seus nomes de urnas ao se registrarem na Justiça Eleitoral. Um deles foi mais direto e se apresentou como “patriota preso”. Entre os candidatos, 16 vão concorrer pelo PL de Bolsonaro.
Cenário
Os demais estão espalhados em partidos de direita como Republicanos, PP e Novo, nanicos como o DC, PMB e Mobiliza e até mesmo legendas da base do governo Lula (PT), caso do União Brasil e do MDB. Os candidatos ainda não foram julgados pelo STF, corte que concentra os processos. Por isso, não têm restrições para disputar as eleições e, no caso daqueles que venham a ganhar o mandato, a perda do cargo não é automática em caso de condenação.
— Não é muito comum que a gente tenha presos preventivos que sejam candidatos. A gente está vendo um cenário novo que vai dar muita margem para discussão — avalia o advogado João Marcos Pedra, secretário-geral da Comissão de Direito Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).