O parlamentar afirma, ainda, que houve setores importantes das Forças Armadas envolvidos no planejamento e execução da tentativa de golpe, e que agora o país tem uma “oportunidade histórica” para realizar o julgamento dos responsáveis.
Por Redação - de Brasília
As declarações do ministro da Defesa, José Múcio, sobre a alegada isenção do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na tentativa frustrada de um golpe de Estado no país, em 8 de Janeiro do ano passado, foram rechaçadas nesta sexta-feira pelo deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ). O parlamentar publicou em seu perfil na rede X, ex-Twitter, uma crítica à entrevista do ministro ao diário conservador carioca ‘O Globo’, na véspera, sobre os atos golpistas nos ataques aos Três Poderes.
A crítica do deputado faz referência à declaração do ministro de que não havia um "líder" da intentona golpista. Farias rebateu, ponto a ponto, as alegações do ministro e destacou que uma das linhas mais importantes da investigação conduzida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) se refere justamente à autoria intelectual da tentativa de golpe.
Riocentro
Para o parlamentar, o ministro fez “quase a defesa de uma anistia prévia da cúpula golpista de militares envolvidos na trama e do próprio Jair Bolsonaro”. O parlamentar afirma, ainda, que houve setores importantes das Forças Armadas envolvidos no planejamento e execução da tentativa de golpe, e que agora o país tem uma “oportunidade histórica” para realizar o julgamento dos responsáveis.
“No golpe militar de 64 não houve isso. Nem os que participaram daquele episódio de atentado a bomba no Riocentro foram presos. Falo isso não por vingança, mas por ter certeza de que se não houver punição, eles voltarão a atentar contra a democracia em breve. Sem anistia!”, acrescentou o deputado. Múcio afirmou que não houve golpe, porque os militares não aderiram.