Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Dilma terá mandato de volta, ainda que seja simbólico, diz PT

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Domingo, 27 de Agosto de 2023 às 16:41, por: CdB

Na última segunda-feira, o Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1), com sede no Distrito Federal (DF), inocentou Dilma Rousseff de ter cometido as chamadas “pedaladas fiscais”, motivo que a teria levado à cassação do mandato.


Por Redação - de Brasília

A presidenta deposta Dilma Rousseff (PT), derrubada do cargo em 2016 por um golpe baseado na Lei do Impeachment, poderá ter o cargo de volta, ainda que simbolicamente. O PT pretende articular no Congresso uma resolução para esse ato, afirmou neste domingo a deputada Gleisi Hoffmann, presidente do partido.

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Dilma e Calheiros (D) estiveram em campos opostos, mas unem-se para apontar a responsabilidade de Temer no golpe de Estado


Na última segunda-feira, o Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1), com sede no Distrito Federal (DF), inocentou Dilma Rousseff de ter cometido as chamadas “pedaladas fiscais”, motivo que a teria levado à cassação do mandato.

— Entendo que cabe um projeto de resolução nesse sentido com base na decisão do TRF-1, que deixa claro que o impeachment foi uma grande farsa, que a história das pedaladas foi uma armação, literalmente um golpe. A Dilma e a história do Brasil merecem isso — afirmou Hoffmann à coluna Painel, do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo (FSP), neste domingo.

Jango


A presidente do PT tem como referência a devolução simbólica do mandato de João Goulart, o Jango, deposto pelo golpe militar de 1964. Em 2013, a partir de projeto de Pedro Simon (MDB) e Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), o Congresso anulou a sessão de 2 de abril de 1964, na qual o então presidente do Congresso, Auro de Moura Andrade, declarou vaga a Presidência da República.

Então presidente do Congresso à época, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), fez um pedido de desculpas “pelas inverdades patrocinadas pelo Estado brasileiro” contra um “patriota”.

Na véspera, durante entrevista em Luanda, capital de Angola, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ser necessária uma discussão sobre como reparar Rousseff, hoje presidente do banco do grupo econômico que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS, na sigla em inglês).

— Agora vou discutir como que a gente vai fazer, não dá para reparar os direitos políticos se ela quiser voltar a ser presidente, porque eu quero terminar meu mandato. Mas é preciso saber como reparar uma coisa que foi julgada por uma coisa que não aconteceu — concluiu Lula.

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