A autorização para a permanência dos navios iranianos no Porto do Rio de Janeiro foi concedida pela Marinha e é válida até este sábado. Ainda segundo Amorim, a decisão do governo brasileiro “é consistente com o direito marítimo internacional e com a boa prática diplomática”.
Por Redação - de Brasília
Ex-chanceler e atual conselheiro especial de relações exteriores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o embaixador Celso Amorim afirmou que o governo brasileiro reagiu “com tranquilidade” às pressões feitas pelos Estados Unidos e Israel contra a atracação de navios de guerra iranianos na costa brasileira.
— É uma decisão soberana nossa, do Brasil — disse Amorim à mídia conservadora, nesta sexta-feira.
A autorização para a permanência dos navios iranianos no Porto do Rio de Janeiro foi concedida pela Marinha e é válida até este sábado. Ainda segundo Amorim, a decisão do governo brasileiro “é consistente com o direito marítimo internacional e com a boa prática diplomática”. A reação de Amorim vem na esteira da pressão exercida pelos Estados Unidos e Israel sobre o caso.
Recepção
Um porta-voz do Departamento de Estado estadunidense disse, publicamente, que a decisão brasileira foi "errada" e também passa uma mensagem "errada" para o mundo.
— Nós não discutiremos conversas diplomáticas, exceto para dizer que deixamos claro para países relevantes que esses navios não devem atracar em nenhum lugar — disse o funcionário norte-americano.
Já o ministérios das Relações Exteriores de Israel qualificou a atracação dos vasos de guerra iranianos como “perigosa” e “lamentável”.
Em retribuição à gentileza pela sessão do espaço portuário, os comandantes da flotilha iraniana promoveram uma recepção a bordo da fragata Iris Dena, na véspera, para convidados brasileiros. O Itamaraty e representantes da administração federal compareceram à cerimônia alusiva aos 120 anos de relações entre os dois países.