A apresentação de Deltan ficou conhecida pelo uso de PowerPoint, reproduzido em um painel para dezenas de jornalistas. Lúcia ainda condenou os autores do recurso, o próprio Deltan e a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), a pagar os honorários da defesa do presidente, atualmente liderada por Valeska Zanin, mulher do ministro Cristiano Zanin, do STF.
Por Redação - de Brasília
Ex-procurador e deputado cassado, Deltan Dallagnol (sem partido-PR) perdeu o último recurso impetrado para tentar livrá-lo do pagamento de multa por determinação judicial. Nesta terça-feira, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve a decisão que condenou o então coordenador da força-tarefa da ‘Operação Lava Jato’, a pagar R$ 75 mil em danos morais ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela entrevista na qual divulgou a denúncia do tríplex em Guarujá (SP).
A apresentação de Deltan ficou conhecida pelo uso de PowerPoint, reproduzido em um painel para dezenas de jornalistas. Lúcia ainda condenou os autores do recurso, o próprio Deltan e a Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), a pagar os honorários da defesa do presidente, atualmente liderada por Valeska Zanin, mulher do ministro Cristiano Zanin, do STF.
‘Grande general’
A Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) havia decidido, em 2022, a favor da punição a Deltan, por "ataques à honra”. À época, Dallagnol promoveu uma ‘vaquinha’, pelas redes sociais, para arrecadar recursos suficientes e destiná-los ao pagamento da penalidade imposta por sua atitude. À época, o ex-procurador conseguiu amealhar cerca de R$ 200 mil, mais do que o dobro necessário para a cobertura das despesas jurídicas.
O STJ entendeu que ele usou expressões que não constavam na denúncia e tinham como objetivo ferir a imagem de Lula. À época, Deltan afirmou que o petista era "o grande general" do esquema da Petrobras e que comandou uma “propinocracia".