Rio de Janeiro, 15 de Junho de 2025

Cuba: incêndio em tanques de petróleo se alastra

Com a ajuda do México e da Venezuela, bombeiros e trabalhadores conseguiram apagar o fogo do primeiro tanque na tarde de domingo. O segundo permaneceu em chamas, que se alastraram para uma terceira estrutura.

Segunda, 08 de Agosto de 2022 às 08:54, por: CdB

Com a ajuda do México e da Venezuela, bombeiros e trabalhadores conseguiram apagar o fogo do primeiro tanque na tarde de domingo. O segundo permaneceu em chamas, que se alastraram para uma terceira estrutura.

Por Redação, com Poder 360 - de Havana

O incêndio que atinge uma refinaria de petróleo em Mantanzas, a 104 quilômetros a leste de Havana, em Cuba, se alastrou para o terceiro tanque no domingo.
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Ao todo, a refinaria conta com oito grandes tanques de petróleo
O fogo começou na noite da última sexta-feira, resultado da queda de um raio sobre um tanque de armazenamento de combustível. No dia seguinte, uma explosão deixou uma pessoa morta e 121 feridas, sendo que 24 permanecem hospitalizadas, cinco em estado crítico. Segundo autoridades locais, 16 bombeiros estão desaparecidos. “A tampa do terceiro tanque acabou de desmoronar, depois que o vento mudou a direção”, informou o governo da província de Matanzas no Facebook. A TV estatal informou que duas pessoas ficaram feridas por causa do incidente e foram transferidas para um hospital local. Na sexta-feira, um raio atingiu um tanque com 26.000 metros cúbicos de petróleo bruto, cerca de 50% da capacidade máxima. O fogo chegou ao segundo tanque já na manhã de sábado. Este estava totalmente preenchido (com 52 mil metros cúbicos de petróleo bruto) e acabou explodindo. Com a ajuda do México e da Venezuela, bombeiros e trabalhadores conseguiram apagar o fogo do primeiro tanque na tarde de domingo. O segundo permaneceu em chamas, que se alastraram para uma terceira estrutura. Um Boeing 737-700 da Força Aérea Mexicana pousou com 60 equipes de resgate e 16 técnicos da Petróleos Méxicanos (Pemex). Equipamentos e produtos químicos chegaram em uma segunda aeronave. Nas primeiras horas da manhã, um voo da Conviasa chegou da Venezuela com 35 bombeiros, especialistas e técnicos da Petróleos de Venezuela, S.A. (PDVSA), além de 20 toneladas de espuma e outros produtos químicos para o controle de chamas. Além disso, 17 bombeiros estão desaparecidos. De acordo com o Gabinete do Presidente, eles estavam na linha de frente de combate ao fogo na área industrial da cidade de Matanzas, cerca de 100 quilômetros a leste da capital, Havana. Segundos os relatórios médicos mais recentes, 121 pessoas ficaram feridas, quase todas com queimaduras. Dentre elas, 85 já receberam alta e 36 permanecem internadas, das quais cinco em estado crítico. Entre os feridos está o ministro da Energia cubano, Livan Arronte. Na luta contra o grande incêndio, Cuba pediu ajuda a “países amigos com experiência no manuseio de combustível”. O presidente Miguel Díaz-Canel agradeceu ao México, Venezuela, Rússia, Nicarágua, Argentina e Chile pela “pronta assistência”. Os EUA também “ofereceram assessoria técnica”.

Raio desencadeou o incêndio

O incêndio começou na sexta-feira, após um raio atingir um dos oito tanques de combustível da zona industrial, provocando uma explosão. No sábado, as chamas se espalharam para outro tanque, que também explodiu. As autoridades cubanas indicaram que mais de mil pessoas foram retiradas do local. Operações continuam para evacuar moradores que vivem em lugares vulneráveis perto da zona do incidente. Segundo a estatal petrolífera Cupet, é o maior incêndio da história de Cuba. O primeiro tanque a explodir continha cerca de 26 milhões de litros de petróleo bruto, e o segundo, 52 milhões de litros de combustível. O depósito pertence à maior usina combinada de calor e energia de Cuba, que não teve a operação afeta pelo acidente, disseram as autoridades. O incêndio ocorre em um momento em que Cuba, com sua rede elétrica envelhecida e escassez persistente de combustível, luta para atender às crescentes demandas de energia no intenso calor do verão. Desde maio, autoridades de algumas regiões impõem cortes de energia de até 12 horas por dia.

Solidariedade da UE

Também no domingo, a União Europeia (UE) prestou solidariedade ao povo cubano. – Face ao trágico incêndio num tanque de armazenamento de petróleo bruto em Matanzas, Cuba, expresso a minha solidariedade às vítimas e transmito o apoio da União Europeia ao povo cubano nestes tempos difíceis – escreveu no Twitter o chefe da diplomacia da  UE, Josep Borrell. O incêndio ocorre apenas três meses depois de uma explosão no hotel Saratoga, em Havana, matar 47 pessoas. Ao todo, a refinaria conta com oito grandes tanques de petróleo. Além de México e Venezuela, Rússia, Nicarágua, Argentina e Chile enviaram ajuda, segundo informou o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel Bermúdez, no Twitter.
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