Pacheco afirmou que deve se manifestar formalmente a respeito do pedido depois de se reunir com o colégio de líderes partidários da Casa, na próxima segunda-feira. O mandatário evitou manifestar posicionamento demarcado sobre a questão da CPI e disse que irá seguir as normas previstas no regimento do Senado.
Por Redação, com RBA - de Brasília
Depois de ter o requerimento de criação apresentado na terça-feira pela oposição, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ministério da Educação (MEC) deverá ser analisada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no começo da próxima semana. A decisão veio após o mandatário se reunir separadamente com governistas e opositores para tratar de articulações políticas ligadas à pauta.
Pacheco afirmou que deve se manifestar formalmente a respeito do pedido depois de se reunir com o colégio de líderes partidários da Casa, na próxima segunda-feira. O mandatário evitou manifestar posicionamento demarcado sobre a questão da CPI e disse que irá seguir as normas previstas no regimento do Senado.
Pacheco se reuniu com governistas e com a oposição, na véspera. De um lado, os aliados do Planalto tentam barrar a instalação da comissão para evitar maiores danos pré-eleitorais ao presidente Jair Bolsonaro (PL). De outro, os opositores buscam levantar detalhes do escândalo em torno do MEC e pressionam pela rápida instalação da CPI ainda antes do recesso parlamentar, que tem início oficialmente em 18 de julho.
Agenda
A ideia é que o colegiado apure os fatos relacionados ao caso dos pastores envolvidos em denúncias de propina e liberação de verbas da pasta na gestão Bolsonaro. A criação do colegiado foi solicitada em documento assinado por 31 senadores, quatro a mais que o quórum exigido para o despacho desse tipo de pedido.
A previsão de análise do requerimento para a próxima semana está aquém da expectativa que havia sido manifestada pelo líder da oposição, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), cujas declarações públicas pressionavam Pacheco pela leitura do requerimento ainda nesta quinta (30).
Com as tratativas ocorridas até agora, no entanto, as projeções da oposição tiveram que ser negociadas com a Presidência da Casa, cuja tendência é de instalação da CPI, dada a pressão social em torno do tema.
Os opositores afirmam que irão evitar o caminho judicial para pressionar Pacheco por uma rápida criação do colegiado, o que ocorreu no ano passado no caso da “CPI da Covid”. Na ocasião, a comissão só foi instalada após decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).