Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Convite de Lula à negociação, após veto, levanta dúvidas no ‘Centrão’

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Quinta, 25 de Janeiro de 2024 às 18:13, por: CdB

Na véspera, o Palácio do Planalto iniciou um articulação junto aos líderes partidário, no sentido de negociar a redução nas emendas parlamentares. Assessores próximos a Lula preparam terreno para uma eventual frustração na promessa de recompor integralmente os R$ 5,6 bilhões.


Por Redação - de Brasília

Parlamentares do chamado ‘Centrão’ receberam com desconfiança a promessa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de devolver os R$ 5,6 bilhões cortados em emendas parlamentares do Orçamento de 2024. Aliados dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), têm comentado nos bastidores que a melhor decisão a ser tomada, no Parlamento, seria a derrubada do veto presidencial caso não seja encontrada uma solução para o assunto que agrade à maioria.

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Rui Costa é um dos principais articuladores políticos do governo Lula


Na véspera, o Palácio do Planalto iniciou um articulação junto aos líderes partidário, no sentido de negociar a redução nas emendas parlamentares. Assessores próximos a Lula preparam terreno para uma eventual frustração na promessa de recompor integralmente os R$ 5,6 bilhões. A estratégia envolve apresentar argumentos sobre a difícil situação orçamentária e a necessidade de considerar a realidade das contas públicas.

 

Prerrogativa


No lado do ‘Centrão’, no entanto, prevalece o ceticismo quanto à disposição do governo de recuperar, integralmente, o valor reduzido. Há preocupações sobre a possibilidade de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), realizar novos cortes no Orçamento, especialmente em um ano eleitoral.

O ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e o economista Fernando Haddad (Fazenda) estão mobilizados para uma série de encontros no âmbito do Parlamento, entre os presidentes das duas Casas, para justificar o veto do presidente e encontrar meios de seguir adiante na pauta econômica do Legislativo.

Após o veto às emendas, o presidente Lula enfatizou a importância da relação com o Congresso e criticou o governo Jair Bolsonaro (PL), afirmando que “não havia governança”. Lula também disse que teria o “maior prazer de juntar lideranças e conversar com elas” para explicar os vetos.

 

Situação


Cabe a Pacheco convocar uma sessão do Congresso para analisar e, eventualmente, derrubar o veto presidencial. Outro ato de Lula que está em risco é o veto ao dispositivo que estabelecia um cronograma para liberação do recurso das emendas.

Diante da dificuldade de encontrar uma solução para devolver os R$ 5,6 bilhões, o governo considera a possibilidade de editar um projeto de crédito suplementar, ao longo dos próximos meses. Mas, tudo vai depender da situação em que se encontram as contas públicas.

No ano passado, o Congresso aprovou um valor recorde de R$ 53 bilhões para emendas, justamente quando acontecem as eleições municipais. Mesmo com o veto de Lula, o saldo ainda será recorde, na casa dos R$ 47,5 bilhões.

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