Em nota oficial publicada nesta terça-feira, o COB rebateu acusações de Ana, que disse ter se sentido pressionada e desamparada desde que recebeu o anúncio de que seria desligada dos jogos por indisciplina.
Por Redação, com CartaCapital – de Paris
O Comitê Olímpico do Brasil (COB) afirmou não haver “denúncias pendentes” após a nadadora Ana Carolina Vieira, expulsa da delegação brasileira nos Jogos de Paris, ter afirmado que um comunicado anterior sobre episódio de assédio foi ignorado pela entidade.
Em nota oficial publicada nesta terça-feira, o COB rebateu acusações de Ana, que disse ter se sentido pressionada e desamparada desde que recebeu o anúncio de que seria desligada dos jogos por indisciplina. Ao se manifestar sobre o caso, a atleta mencionou denúncia que tinha feito.
O COB destacou que o caso citado pela atleta não tinha relação com o episódio do desligamento em Paris, mas afirmou que “não existem denúncias pendentes referentes a atletas ou membros do corpo técnico da natação”.
A jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, apurou que a denúncia foi feita pela atleta em 2021, contra um dirigente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), e foi arquivada por falta de provas.
Ao se manifestar nesta terça, o COB afirmou, ainda, que a atuação dos dirigentes durante o episódio do desligamento de Ana Vieira dos Jogos de Paris “foi pautada, como de costume, pelo respeito, atenção e cuidado à atleta em razão do momento delicado pelo que ela passava”.
Em vídeo postado nas redes sociais, a atleta afirmou ter sido obrigada a sair imediatamente da Vila Olímpica na capital francesa e que, por isso, teve de deixar parte de seus equipamentos por lá. Ela disse, ainda, que chegou a ser impedida de falar com um médico psiquiatra.
“A partir do momento que saí da sala que me anunciaram que eu estava fora por más condutas – eu vou provar tudo, que não tive má conduta nenhuma – a partir do momento que saí da sala, minha cara já estava em todas as possíveis páginas (na Internet)”, afirmou no vídeo.
O Comitê rebateu as acusações, afirmando que, ao longo do processo, a aleta “esteve acompanhada da Oficial de Salvaguarda e líder do Esporte Seguro da Missão brasileira em Paris, que lhe prestou apoio. A atleta falou com a mãe, com o psicólogo da delegação, arrumou suas malas e teve acesso irrestrito a alimentação e hidratação antes de se dirigir ao aeroporto”.
Ana ainda não se manifestou após a nota oficial do COB.
Entenda o caso
A exclusão foi anunciada no domingo. Ana e o também nadador Gustavo Santos, namorado dela, foram punidos por terem deixado a Vila Olímpica para visitar a Torre Eiffel sem autorização da delegação, o que foi considerado um ato de indisciplina.
Segundo o comunicado que confirmou o desligamento, Ana agiu “de forma desrespeitosa e agressiva” e “contestou decisão técnica tomada pela comissão da Seleção Brasileira de Natação”, por isso foi retirada da delegação, com efeito imediato. Gabriel recebeu apenas uma punição de advertência.