Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

STF define data para analisar denúncia contra Eduardo Bolsonaro

STF agendou para 21 de novembro julgamento sobre denúncia contra Eduardo Bolsonaro, acusado de coação no processo judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Segunda, 03 de Novembro de 2025 às 14:35, por: CdB

O parlamentar é acusado de ter atuado fora do país, nos Estados Unidos, em tentativa de pressionar autoridades estrangeiras contra o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Por Redação, com agências de notícias – de Brasília

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para 21 de novembro o julgamento que definirá se a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) será aceita.

STF define data para analisar denúncia contra Eduardo Bolsonaro | Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP)
Deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP)

O parlamentar é acusado de ter atuado fora do país, nos Estados Unidos, em tentativa de pressionar autoridades estrangeiras contra o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu pai, no caso da trama golpista de 8 de janeiro.

Nesta etapa, os ministros ainda não julgam o mérito do caso, mas apenas analisam se há indícios suficientes para abrir uma ação penal. Caso a denúncia seja aceita, Eduardo Bolsonaro se tornará réu no Supremo.

Denúncia da PGR

A acusação foi apresentada em setembro pela PGR. Segundo o órgão, Eduardo teria buscado apoio junto ao governo do presidente americano Donald Trump, pedindo sanções e tarifas econômicas contra o Brasil e autoridades do Judiciário em retaliação ao julgamento que apura os atos golpistas.

Para a Procuradoria, a conduta configura o crime de coação no curso do processo, previsto no artigo 344 do Código Penal, por tentar intimidar ou constranger autoridades judiciais no exercício de suas funções.

Além do deputado, a PGR também denunciou o blogueiro Paulo Figueiredo, que teria participado das mesmas tratativas nos Estados Unidos.

Com o julgamento marcado, caberá aos cinco ministros da Primeira Turma — Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e quem entrar no lugar de Luiz Fux  — decidir se o filho do ex-presidente responderá ou não a um processo criminal no Supremo.

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