Ciro culpa a polarização política entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) pelo atraso social do Brasil.
Por Redação – de Brasília
Após quatro derrotas, Ciro Gomes (PDT) desistiu de tentar assumir o Palácio o Planalto. Isso é o que ele afirmou, nesta sexta-feira, quanto a disputar a Presidência da República no ano que vem. O ex-governador do Ceará garantiu que não deseja mais “importunar os eleitores”, mas questiona se alguém tem condições de solucionar os problemas atuais do país.

— Cada vez que me candidatei, eu tinha capacidade; sabia que dava conta de resolver o problema. Hoje, tenho dúvidas se alguém tem capacidade de resolver o tamanho do abacaxi que essa maluquice de Lula e Bolsonaro produziu no país — disse Gomes a uma rádio mineira.
Corrida
Ciro culpa a polarização política entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL) pelo atraso social do Brasil. Para o ex-governador cearense, a disputa entre os dois líderes aprisiona o debate e dificulta a construção de alternativas.
Embora tenha prometido abandonar a corrida presidencial, Ciro Gomes permanece lembrado em pesquisas eleitorais. Levantamento da Genial/Quaest divulgado na véspera indica que, entre os cenários testados para 2026, o pedetista aparece com 33% contra Lula, com 40%.
Ceará
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que tem como principal nome Jair Bolsonaro, oficializou logo após a entrevista, seu apoio a ACM Neto na corrida pelo governo da Bahia, e de conversas com Ciro Gomes para governador no Ceará.
— Neto deve ser candidato, e terá apoio do PL— adiantou Costa Neto.
Quanto ao Ceará, no entanto, Gomes depende de apoio formal, embora seja provável a aliança caso ele dispute o Palácio da Abolição.