Não bastassem os dados cáusticos que podem estar contidos nos aparelhos ora em posse da PF, o general Mauro Cesar Cid, pai do ex-ajudante de ordens do então presidente, representa uma ameaça ainda maior. O militar estaria extremamente irritado com o ex-presidente, pela forma com que o seu filho foi “abandonado” pelo clã bolsonarista.
Por Redação - de Brasília
Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acionaram o alarme após a Polícia Federal (PF) sinalizar para o sucesso das perícias nos celulares apreendidos durante a ‘Operação Venire’ - deflagrada há dez dias com o objetivo de apurar supostas fraudes nos cartões de vacinação contra a covid-19 de Bolsonaro e aliados - com o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-mandatário neofascista.

Preso na semana passada, Cid teve o celular pessoal confiscado mas, segundo apurou a colunista Bela Megale, do diário conservador carioca ‘O Globo’, “o militar se comunicava com a maioria dos integrantes do governo e pessoas que buscavam Bolsonaro por meio de outro telefone, este corporativo, que diz ter entregue ao fim do mandato”.
Aborrecido
O pavor dos bolsonaristas está ligado à possibilidade de os investigadores terem conseguido acessar as nuvens de dados do aparelho funcional do ex-braço-direito de Bolsonaro.
“Foi com base em informações das nuvens de arquivos da Apple e do Google vinculados a um dos telefones de Cid que a PF deflagrou a operação sobre fraude nos certificados de vacinas. A ação levou o coronel para atrás das grades e culminou em uma ordem de busca e apreensão na residência de Bolsonaro”, acrescenta a jornalista.
Não bastassem os dados cáusticos que podem estar contidos nos aparelhos ora em posse da PF, o general Mauro Cesar Cid, pai do ex-ajudante de ordens do então presidente, representa uma ameaça ainda maior. O militar estaria extremamente irritado com o ex-presidente, pela forma com que o seu filho foi “abandonado” pelo clã bolsonarista, após ser preso na última quarta-feira.