Rio de Janeiro, 06 de Maio de 2025

Caso Ágata: testemunhas e acusado depõem à Justiça no Rio de Janeiro

Ágatha tinha 8 anos, no dia 20 de setembro de 2019, quando voltava para casa com a mãe e foi atingida por um tiro de fuzil dentro de uma Kombi, no Complexo do Alemão. Entre as suspeitas está a de que o tiro tenha vindo da arma do PM Soares, que nega a acusação.

Terça, 29 de Março de 2022 às 07:58, por: CdB

Ágatha tinha 8 anos, no dia 20 de setembro de 2019, quando voltava para casa com a mãe e foi atingida por um tiro de fuzil dentro de uma Kombi, no Complexo do Alemão. Entre as suspeitas está a de que o tiro tenha vindo da arma do PM Soares, que nega a acusação.

Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro

Na terceira audiência judicial de instrução e julgamento sobre a morte da menina Ágatha Felix, foram ouvidos o acusado pelo tiro, o policial militar Rodrigo de Matos Soares, e outras três testemunhas de defesa e acusação. Eles depuseram à juíza Tula Corrêa de Mello, do 1º Tribunal do Júri da Capital, na segunda-feira.
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Juíza decidirá se policial militar acusado irá a júri popular
Ágatha tinha 8 anos, no dia 20 de setembro de 2019, quando voltava para casa com a mãe e foi atingida por um tiro de fuzil dentro de uma Kombi, no Complexo do Alemão. Entre as suspeitas está a de que o tiro tenha vindo da arma do PM Soares, que nega a acusação. Em seu depoimento, o policial afirmou que não sabe de qual arma saiu o tiro que matou Ágatha e que não chegou a ver a Kombi no dia. Lotado na 1ª UPP da Fazendinha, Soares está afastado da corporação desde o caso. Ele contou que era de praxe que a guarnição deixasse o posto no início da noite, pois era um local perigoso. Porém, neste dia eles receberam uma ordem para permanecer naquela posição, mas começaram a receber ameaças informadas por mototaxistas da comunidade. Soares disse que dois homens numa moto fizeram disparos contra ele e um colega e que, após revidarem com três disparos, se abrigaram numa loja de construção até que o confronto cessasse.

Reconstituição

Uma reconstituição chegou a ser feita pela Polícia Civil, mas sem a participação dos policiais envolvidos. O policial Élcio Oliveira, também lotado na UPP, disse, por videoconferência, que não recebeu tiros vindo de mototaxistas e que só soube depois da morte de Ágatha. Outra testemunha ouvida, Ismael, morador da Fazendinha, contou que estava bem próximo ao grupo de policiais de onde partiu o tiro que matou a menina e que não saberia identificar o autor do disparo. Segundo ele, não havia nenhum confronto no local e que dois homens em uma moto passavam na hora e o carona carregava uma esquadria de alumínio debaixo do braço. Somente após esta última sessão, a juíza decidirá se o policial militar irá a júri popular.
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