Renan acredita, no entanto, que dessa vez a comissão será presidida por um deputado. De qualquer forma, o senador gostaria de participar das investigações, segundo afirmou à mídia conservadora. Desde fevereiro, Calheiros tem dito que o governo deveria apoiar uma CPI, apenas no Senado, para investigar os ataques terroristas.
Por Redação - de Brasília
Relator na decisiva Comissão Parlamentar Mista de Investigação (CPMI) da Covid, o senador Renan Calheiros (MDB-AL) está disposto a ocupar o mesmo cargo no caso de um eventual colegiado investigar o terrorismo promovido por bolsonaristas do 8 de Janeiro (8/1), quando militantes de extrema direita invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.
Renan acredita, no entanto, que dessa vez a comissão será presidida por um deputado. De qualquer forma, o senador gostaria de participar das investigações, segundo afirmou à mídia conservadora. Desde fevereiro, Calheiros tem dito que o governo deveria apoiar uma CPI, apenas no Senado, para investigar os ataques terroristas, com foco no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Ainda assim, caso o ex-mandatário neofascista seja abordado pela possível CPMI do 8/1, seu destino poderá ser a prisão, segundo observou o deputado Rogério Correia (PT-SP), a jornalistas. Correia confere à CPMI um importante instrumento para “fazer prevalecer a verdade, especialmente em um momento em que a democracia está sendo ameaçada”, disse.
Mentores
A Comissão, segundo o parlamentar, contará com deputados e senadores experientes para fazer o embate político e descobrir quem financiou e articulou intelectualmente as ações golpistas
O deputado ressaltou, ainda, que o governo não queria inicialmente que a CPMI fosse instalada, uma vez que outras instâncias ainda apuram as denúncias.
— A Comissão será importante para apurar a atuação dos mentores intelectuais e dos financiadores do golpe e culminar com a inelegibilidade e a prisão do ex-presidente Bolsonaro, apontado como o mais importante articulador de toda a artimanha golpista — acrescentou.
A expectativa do deputado também é que a CPMI ajude a coletar provas concretas para punir a participação das Forças Armadas na tentativa de golpe; além de chegar aos organizadores do golpe fracassado.