Investigadores da Polícia Federal (PF) identificaram trocas de mensagens com o possível operador de contas particulares do militar brasileiro, nos EUA. Ato seguinte, os investigadores pediram a quebra do sigilo bancário de Cid, tanto no Brasil quanto nos EUA.
Por Redação - de Brasília
Enquanto o ajudante de ordens do então presidente Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, permanece preso em uma unidade militar de Brasília, a Polícia Federal (PF) tem realizado a perícia nos telefones celulares que ele usava, quando ainda no cargo. Em um dos laudos policiais vazados para a mídia conservadora, nesta quarta-feira, constam mensagens e conversas suspeitas sobre remessas de dinheiro ao exterior.
Investigadores da Polícia Federal (PF) identificaram trocas de mensagens com o possível operador de contas particulares do militar brasileiro, nos EUA. Ato seguinte, os investigadores pediram a quebra do sigilo bancário de Cid, tanto no Brasil quanto nos EUA.
O oficial foi preso há uma semana, durante operação da PF que investiga fraudes em cartões de vacinação contra covid-19. A casa do ex-presidente Bolsonaro também foi alvo de busca e apreensão.
Casa Civil
No dia da prisão, a PF encontrou cerca de R$ 200 mil em dinheiro vivo em um cofre na casa de Cid, o que levanta suspeitas de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O homem de confiança de Bolsonaro é ainda investigado nos no escândalo das joias sauditas, sobre as milícias digitais e o golpe fracassado em 8 de janeiro.
Também sob a mira da Justiça, o general Walter Braga Netto, ex-ministro-chefe da Casa Civil de Bolsonaro, mobilizou seus assessores após a prisão de Mauro Cid e do ex-major do Exército Ailton Barros, amigo de Bolsonaro.
Outra divulgação de áudios com o coronel Elcio Franco, ex-funcionário do Ministério da Saúde, na organização do golpe também serviu de alerta para Braga Netto.