No caso específico do Maranhão, citado pelo líder partidário, haveria a possibilidade da troca no diretório do PL por quadros aliados ao ex-mandatário neofascista. Mas não é simples assim, segundo o presidente da legenda, Valdemar da Costa Neto.
Por Redação – de Brasília
Para que o PL tenha uma chance de vencer as eleições presidenciais em 2026, segundo o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, seria necessário que o bolsonarismo buscasse uma aproximação com o centro e até com eleitores de esquerda no Nordeste. O maior desafio dessa estratégia seria convencer o ex-presidente Jair Bolsonaro e a ala mais radical do partido a adotar um discurso mais moderado.
— Bolsonaro não tem comparação. O que ele fez para nós jamais conseguiríamos na vida. Para ele, nós vamos ter de trazer esse pessoal para o nosso lado. Há lugares no Brasil, como no Maranhão, onde não há esquerda e direita. Há gente com fome. Vamos ter de trazer esse pessoal para ganhar a eleição. Trazer não é difícil. O duro é o Bolsonaro e o pessoal da extrema direita aceitar. Eles não querem — afirmou Costa Neto, ao diário conservador carioca ‘O Globo’, nesta quarta-feira.
Diretório
No caso específico do Maranhão, citado pelo líder partidário, haveria a possibilidade da troca no diretório do PL por quadros aliados ao ex-mandatário neofascista. Mas não é simples assim.
— E vai encontrar bolsonarista onde no Maranhão? Agora, não é difícil, se você preparar o nosso pessoal, pedir para ir tirando esse pessoal desses partidos. Passa para o nosso ou passa para um outro partido que possa estar coligado com a gente. Mas isso não pode ser dez dias antes da eleição, como ele propôs para mim: “Não queremos coligação com ninguém da esquerda” — reproduziu.
Ainda assim, seria importante Bolsonaro aceitar alianças, diz o presidente do PL.
— É importante porque nós temos que crescer — concluiu.