Esta, no entanto, não é a única ‘saia justa’ porque passa Bolsonaro, desde as primeiras horas do dia. O presidente divulgou sua decisão de deixar o partido pelo qual se elegeu no início da noite passada.
Por Redação - de Brasília
Apenas algumas horas depois que o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) confirmou sua saída do PSL para criar o partido Aliança pelo Brasil, o presidente da legenda, deputado Luciano Bivar (PE), iniciou uma extensa retaliação contra o ex-aliado. A direção nacional do PSL decidiu, nesta quarta-feira, acelerar os processos de suspensão de 19 deputados, entre os quais o atual líder na Câmara, Eduardo Bolsonaro (SP), o filho 03 do presidente.
Esta, no entanto, não é a única ‘saia justa’ porque passa Bolsonaro, desde as primeiras horas do dia. O presidente divulgou sua decisão de deixar o partido pelo qual se elegeu no início da noite passada, em redes sociais, após reunião com deputados aliados. A legenda a ser fundada será a nona de sua carreira política.
"Hoje anunciei minha saída do PSL e início da criação de um novo partido: Aliança pelo Brasil", escreveu o presidente. "Agradeço a todos que colaboraram comigo no PSL e que foram parceiros nas eleições de 2018”, acrescentou.
Fotos
Bolsonaro recebeu, no Palácio do Planalto, a vice-líder do governo no Congresso, deputada Bia Kicis (PSL-DF), e outros parlamentares do partido que fazem parte da atual debandada. Durante o encontro, Bolsonaro não economizou críticas ao atual vice-presidente, general Hamilton Mourão. Ele disse que se arrependeu de ter escolhido o militar, em vez de Luiz Philipe de Orléans e Bragança, para ocupar o posto, na chapa.
Nesta manhã, o ator pornográfico e deputado Alexandre Frota (DEM-SP), ex-aliado de Bolsonaro, deixou um veneno no ar. Ele insinuou que a escolha de Mourão ocorreu na última hora, por causa de “fotos”, mas não especificou do que se tratava.
“O Bolsonaro podia pelo menos falar para o Brasil porque na madrugada da convenção do PSL decidiu não levar o Príncipe como vice. Me ligou às 5 da manhã do aeroporto do Rio, me pediu o celular do Levy Fidelis para poder ligar para o Mourão. Conta das fotos, Jair Bolsonaro”, escreveu Frota, em uma rede social.
Silêncio
Sobre as tais fotos, “Bolsonaro disse que depois me mostraria, mas me perguntou se eu sabia se o príncipe era gay ou não. Eu disse que não sabia”, acrescentou Frota.
De acordo com o deputado, “ele (Bolsonaro) pediu para que eu não falasse nada sobre o príncipe deixar de ser o vice dele, que ele conduziria com a imprensa”.
Nesta manhã, o vice-presidente preferiu o silêncio e não respondeu às perguntas da reportagem do Correio do Brasil, encaminhadas a ele por e-mail.