Nesta terça-feira à tarde, Bolsonaro prestou depoimento à PF sobre a investigação do caso e respondeu às perguntas dos escrivães, sem usar a prerrogativa de ficar calado, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil. O ex-mandatário neofascista, segundo os investigadores, sabia da falsificação de dados no sistema do Ministério da Saúde.
Por Redação - de Brasília
A inserção de dados falsificados no cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), comprovada em documentos do sistema do Ministério da Saúde, levou a Polícia Federal (PF) à suspeita de crime de falsidade ideológica e formação de quadrilha. O inquérito em curso permitiu os mandados de busca e apreensão em endereço de Bolsonaro e de prisão contra seus ex-assessores Mauro Cid e Max Guilherme.
Nesta terça-feira à tarde, Bolsonaro prestou depoimento à PF sobre a investigação do caso e respondeu às perguntas dos escrivães, sem usar a prerrogativa de ficar calado, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil. O ex-mandatário neofascista, segundo os investigadores, sabia da falsificação de dados no sistema do Ministério da Saúde, mantendo-se inerte em relação ao cometimento da fraude, mas ele negou que sabia dos crimes cometidos.
Escândalo
Em uma de suas transmissões ao vivo, pela internet, Bolsonaro chegou a prometer apresentar esse documento, mas o acesso sempre foi negado por sua gestão em questionamentos feitos via Lei de Acesso à Informação.
— Da minha parte, já falei para minha assessoria, quem quiser meu cartão de vacina, pode olhar — disse o então presidente em setembro de 2021. Bolsonaro negou diversas vezes que tomou a vacina, mesmo recentemente, quando o escândalo já havia eclodido.
O até agora assessor do ex-presidente, Max Guilherme Machado de Moura, preso pela PF no âmbito da ‘Operação Venire’, confirmou em depoimento à PF, no entanto, ter emitido um certificado de vacinação, a exemplo do que ocorreu com Bolsonaro.