Bolsonaro se irrita com pergunta de jornalista sobre Queiroz
O fato está publicado no livro Tormenta - O governo Bolsonaro: crises, intrigas e segredos, da jornalista Thaís Oyama, que terá noite de autógrafos no lançamento na segunda-feira da semana que vem.
O fato está publicado no livro Tormenta - O governo Bolsonaro: crises, intrigas e segredos, da jornalista Thaís Oyama, que terá noite de autógrafos no lançamento na segunda-feira da semana que vem.
Por Redação - de Brasília
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) encerrou a entrevista que concede, diariamente, à saída do Palácio da Alvorada, nesta terça-feira, ao ser questionado por um repórter sobre Fabrício Queiroz. O jornalista queria saber se ele teria determinado que o amigo dele Fabrício Queiroz, ex-assessor do filho primogênito, o senador Flávio Bolsonaro (sem partido-RJ), faltasse ao depoimento marcado no Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ).
Sem ninguém perguntar, Bolsonaro criticou o livro que informa sobre a ordem de Bolsonaro para que Queiroz não comparecesse ao MP-RJ
O fato está publicado no livro Tormenta - O governo Bolsonaro: crises, intrigas e segredos, da jornalista Thaís Oyama, que terá noite de autógrafos no lançamento na segunda-feira da semana que vem, 20 de janeiro.
— O livro é fake news, um livro mentiroso, não vou responder sobre o livro — afirmou, rispidamente, Bolsonaro.
‘Rachadinha’
Sem que ninguém tivesse perguntado, contudo, o mandatário colocou a obra na pauta da entrevista. Ele abordou a questão após evitar uma pergunta sobre a proposta de o governo subsidiar a conta de luz de igrejas, ao que ele se recusa a opinar.
— Tem uma colega de vocês que fez um livro que leu meu pensamento. Acho que não tenho que conversar com vocês, é só escrever o que você achar — disfarçou.
Segundo a jornalista, Queiroz teria faltado não apenas um, mas três outros convites para depor no MP-RJ, sobre o escândalo da ‘Rachadinha’, descoberto após movimentações atípicas do ex-assessor de Bolsonaro, identificadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Fujão
Segundo o livro, após a divulgação do escândalo do Coaf, envolvendo o ex-assessor do clã, advogados de Queiroz e Bolsonaro fecharam a estratégia de que o ex-PM iria até os promotores, mas diria que não daria declarações até ter acesso à investigação. Queiroz ainda negaria qualquer relação com o clã. Dessa forma, segundo os juristas, Queiroz não ficaria com fama de fujão, e blindaria a imagem de Jair e Flávio Bolsonaro.
No entanto, dois dias antes do depoimento, Bolsonaro teria mandado Queiroz não comparecer ao depoimento, após ser convencido por um amigo advogado de que a melhor estratégia para abafar o esquema era jogar o caso para o Supremo Tribunal Federal (STF).
Foi o que aconteceu.
Meses depois, a defesa de Flávio Bolsonaro conseguiu uma liminar do presidente da corte, ministro Dias Toffoli, que paralisou as investigações baseadas em informações de Coaf e Receita Federal.