Quarta, 09 de Fevereiro de 2022 às 12:59, por: CdB
"Durante a transição após as eleições (de 2018) em Brasília, estávamos conversando sobre o que estava acontecendo com o governo anterior e como estava o governo. Descobrimos que a Funai tinha um contato de R$ 50 milhões para ensinar o índio a mexer com Bitcoin. Ah, vá para a p… que pariu, p.... Desculpe o palavrão aqui", disse Bolsonaro, descompensado, em seu discurso.
Por Redação, com agências de notícias - de Natal
Desequilibrado pela queda vertiginosa nas pesquisas de opinião, o presidente Jair Bolsonaro (PL) apelou aos palavrões, nesta quarta-feira. para atacar seus antecessores no cargo, durante uma visita ao interior do Rio Grande do Norte. O giro pela região onde amarga seus piores índices de aprovação popular é mais uma tentativa do mandatário de melhorar o trânsito de sua campanha.
Aos seguidores e aliados políticos, Bolsonaro voltou a criticar seus antecessores. Sem mencionar nomes, o representante da ultradireita fascista fez referências às gestões de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), Lula (2003-2010), Dilma Rousseff (2011-2016) e Michel Temer (2016-2018).
— Durante a transição após as eleições (de 2018) em Brasília, estávamos conversando sobre o que estava acontecendo com o governo anterior e como estava o governo. Descobrimos que a Funai tinha um contato de R$ 50 milhões para ensinar o índio a mexer com Bitcoin. Ah, vá para a p… que pariu, porra. Desculpe o palavrão aqui — disse Bolsonaro, em alusão à Fundação Nacional do Índio, durante o governo do presidente de facto Michel Temer.
‘Fala mansa’
Bolsonaro atacou, mais uma vez, os governos petistas e citou escândalos de corrupção durante as gestões de Lula e Dilma.
— Tem gente que tem saudades desses canalhas, não é só o povo nordestino que sofre, é gente de todo o Brasil. Os números estão aí, não estou alfinetando nem criticando ninguém. Estou apenas mostrando. Querem botar o fala mansa lá? Botem. Quem vai pagar a conta? Vocês — continuou, após defender “eleições limpas em 2022”, mesmo após a série de ameaças à democracia brasileira.
Apesar dos mais de 600 mil mortos, o chefe do Executivo voltou a defender a condução do governo federal na pandemia e disse que não cometeu erros em meio à crise sanitária.
— A política do fica em casa, lockdown e toque de recolher, foi desumana. Levou a mortes, desemprego, muita gente foi para depressão e para o desespero. Não errei nenhuma [vez] durante a pandemia, fui atacado covardemente o tempo todo, mas a decisão de conduzir a questão da pandemia, segundo decisão do STF, foi para governadores e prefeitos — concluiu.