A tese, que conta com apoio do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é promover uma nova rodada de conversas entre ministros e parlamentares de centro e centro-direita a partir do próximo mês.
Por Redação – de Brasília
O núcleo político do Palácio do Planalto prepara uma ofensiva no Senado pela proposta de emenda à Constituição (PEC) que obriga militares a passar para a reserva, caso queiram se candidatar a cargos eletivos. A iniciativa encontra-se na Casa desde o ano passado, mas permanece engavetada por falta de apoio de senadores da centro-direita, uma vez que as forças neofascistas em ação no Parlamento tentam enterrar a iniciativa.

A tese, que conta com apoio do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é promover uma nova rodada de conversas entre ministros e parlamentares de centro e centro-direita a partir do próximo mês. A proposta precisa ser promulgada no primeiro trimestre para entrar em vigor em 2026. O objetivo principal da PEC é despolitizar as Forças Armadas.
A iniciativa, porém, não trata ainda da mudança no programa educacional das Forças Armadas. A exemplo da Academia Militar das Agulhas Negras, de onde saem os oficiais do Exército, parte decisiva do currículo baseia-se nas escolas norte-americanas, a exemplo de West Point.
Mudanças
O governo quer aproveitar a boa vontade do Senado como um novo código eleitoral para incluir a iniciativa. O novo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), demonstra ser favorável, nos bastidores, ao fim da reeleição para o Poder Executivo, elevando o mandato de quatro para cinco anos.
Além disso, o provável novo presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Otto Alencar (PSD-BA), também é simpático a mudanças eleitorais.
Outra proposta defendida pelos senadores é a coincidência das eleições gerais e municipais.