Durante um evento acadêmico, na noite passada, Barroso declarou que “há um tempo de chegar e um tempo de sair”. Sem confirmar oficialmente sua aposentadoria antecipada, o magistrado ressaltou que sente com “dever cumprido”.
Por Redação – de Brasília
Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso sinalizou que pode antecipar sua saída da Corte. Em declarações públicas, Barroso afirmou que considera ter “cumprido sua missão institucional” e que pretende avaliar “o momento certo de encerrar o ciclo” iniciado há mais de uma década.

Durante um evento acadêmico, na noite passada, Barroso declarou que “há um tempo de chegar e um tempo de sair”. Sem confirmar oficialmente sua aposentadoria antecipada, o magistrado ressaltou que sente “dever cumprido” após anos dedicados à consolidação de pautas institucionais, à defesa da democracia e à modernização do Judiciário.
— Tenho a sensação de missão cumprida e de que, talvez, em algum momento próximo, seja hora de abrir espaço para uma nova geração de juristas que traga novas ideias e energias ao Supremo — acrescentou o ministro.
Nova vaga
Barroso completará 67 anos em 2025 e, portanto, ainda está longe da aposentadoria compulsória, que chegará aos 75. Caso confirme a decisão, ele deixaria o STF de forma voluntária, o que abriria uma nova vaga a ser preenchida pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Fontes próximas ao Tribunal avaliam que uma eventual saída de Barroso teria impacto relevante, na atual composição da Corte, especialmente por ele ser uma das vozes mais ativas em temas como democracia, direitos civis e combate à desinformação.
Nomeado para o Supremo em 2013, durante o governo da presidenta deposta Dilma Rousseff (PT0, Luís Roberto Barroso construiu uma trajetória marcada pela defesa do Estado de Direito e pela na transparência no Judiciário.