Na véspera, o deputado André Janones (Avante-MG) anunciou sua decisão de acionar a Procuradoria Geral da República (PGR) contra Nikolas Ferreira.
Por Redação - de Brasília
O clamor popular nas redes sociais do país, provocado por pedidos para que o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) seja cassado por apologia ao nazismo, chega ao seu clímax nesta terça-feira, após vir à tona que, durante participação em um podcast, o parlamentar extremista defendeu a liberdade de expressão para que humoristas fizessem piadas sobre o tema, o que é considerado um crime no Brasil. A expressão #Nikolascassado era o assunto mais comentado na plataforma X, o antigo Twitter.
— Não tem liberdade de expressão para chegar dentro do hospital e fazer uma piada com uma pessoa que tem síndrome de down porque ali não é o ambiente nem o local pra isso. Agora, se pagou para ir a um show de um humorista, e a pessoa fez uma piada com síndrome de down, com negro, com nazismo, com qualquer coisa, eu entendo que a piada não é para ser levada a sério. Caso contrário, não é piada — afirmou.
Holocausto
Na véspera, o deputado André Janones (Avante-MG) anunciou sua decisão de acionar a Procuradoria Geral da República (PGR) contra Ferreira. "Qualquer apologia ao nazismo, ainda que disfarçada sob a manta do 'direito de expressão', deve ser punida com cassação de mandato, inelegibilidade e, a depender da gravidade do caso, com PRISÃO! Intolerância com os intolerantes: nazistas e fascistas NÃO PASSARÃO! Eu prometo", escreveu o parlamentar.
Na entrevista, o deputado Ferreira justificou sua posição com o exemplo de um episódio em que, supostamente, um judeu teria questionado se houve o Holocausto, o genocídios de mais de 6 milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial, dizendo que isso seria ‘liberdade de expressão’.