Em entrevista a uma rádio mineira, nesta manhã, Costa Neto reagiu duramente e acusou Alcolumbre de se alinhar ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Por Redação – de Brasília
A tensão entre o presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP), e o Partido Liberal (PL) escalou, nesta sexta-feira. As críticas feitas por Alcolumbre ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e ao dirigente da legenda, Valdemar Costa Neto, desencadearam uma crise que muda o cenário político nas duas Casas do Parlamento.

Em entrevista a uma rádio mineira, nesta manhã, Costa Neto reagiu duramente e acusou Alcolumbre de se alinhar ao Supremo Tribunal Federal (STF).
— O Davi Alcolumbre trabalha para o Supremo, não trabalha para nós. Mas vai pagar caro por causa disso. Vai pagar caro se ele não se comportar como tem de se comportar, como um presidente do Senado tem que se comportar — ameaçou.
Golpistas
O presidente do PL também vinculou o funcionamento do Senado à votação de um projeto de anistia para os envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro. Caso a proposta não seja analisada, ameaçou trabalhar contra a reeleição de Alcolumbre em 2027.
— Se não pautar a anistia, vamos impedir os trabalhos da Casa — adiantou.
A intimidação, no entanto, não surte o menor efeito nas decisões de Alcolumbre, segundo responderam assessores do parlamentar, que se recusa a “entrar nesse bate-boca com o Valdemar”, disse um deles. Segundo aliados, o presidente do Senado evita responder diretamente a ataques dessa natureza. Nos bastidores, parlamentares avaliam que a ofensiva de Valdemar e de Eduardo Bolsonaro contra Alcolumbre tende a ter efeito contrário do esperado. O enfrentamento, afirmam, pode aumentar a rejeição dentro do Senado tanto à chamada PEC da Blindagem quanto ao projeto de anistia.