Autoridades europeias aceitaram que o governo Trump provavelmente vai retirar parte dos cerca de 80 mil soldados norte-americanos destacados na Europa, incluindo em países do leste.
Por Redação, com Sputnik – de Bruxelas
Segundo fontes ouvidas pela mídia norte-americana, aliados europeus estão instando os EUA a coordenarem quaisquer planos para reduzir a presença militar no continente, a fim de evitar a desestabilização das defesas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Autoridades europeias aceitaram que o governo Trump provavelmente vai retirar parte dos cerca de 80 mil soldados norte-americanos destacados na Europa, incluindo em países do leste. A preocupação é mitigar os piores efeitos dessa mudança. Um funcionário da Otan afirmou que a questão do envio de tropas é uma decisão dos EUA.
Com canais de comunicação rompidos devido à turbulência em Washington, os europeus temem não receber aviso prévio sobre tais decisões. A NBC News informou que os EUA estão considerando retirar até 10 mil soldados do Leste Europeu.
Um diplomata alemão esperava que a medida fosse anunciada durante o discurso do vice-presidente J.D. Vance na Conferência de Segurança de Munique, o que não ocorreu.
Os europeus querem que os EUA se comprometam a comunicar com antecedência qualquer retirada de tropas, para que possam se preparar, uma vez que a velocidade da retirada pode afetar a vulnerabilidade da Europa, que ainda depende da liderança militar de Washington.
Autoridades europeias
Enquanto isso, autoridades europeias continuam a argumentar com Washington sobre os benefícios da presença militar norte-americana no continente. De acordo com a Bloomberg, um diplomata europeu afirmou que as tropas projetam poder político na região, enquanto outra autoridade afirmou que a transferência de outros ativos militares da Europa pelos EUA teria um impacto maior em pontos críticos na Ásia do que uma redução de tropas.
Os números exatos e locais afetados pela retirada planejada dos EUA ainda não são conhecidos. Podem estar em jogo os 20 mil soldados adicionais enviados pelo ex-presidente Joe Biden após o início da operação militar especial russa na Ucrânia.
Autoridades americanas como Mike Rogers e o general Chris Cavoli alertaram contra qualquer retirada em larga escala, que poderia ter repercussões para a segurança dos EUA. O general Cavoli afirmou que a postura atual das forças deve ser mantida, dada a importância das bases americanas na Europa para missões no Ártico e no Oriente Médio.
Mesmo uma retirada limitada de tropas sinalizaria o declínio do comprometimento dos EUA com os Estados da linha de frente da Otan, como Polônia e Romênia, de acordo com a apuração.